Com 13 jogadores a menos, o técnico Emerson Leão teve que mandar um time a campo diferente das formações que tem utilizado na temporada e, depois de 45 minutos sem conseguir resultados, o treinador decidiu ‘ousar’. Optando pelas entradas de Osvaldo e Fernandinho, Leão viu o jogo ‘mudar de cara’ na etapa final e soube reconhecer o papel dos reservas neste novo cenário.



“Quem mudou o jogo hoje foi o banco. Nós temos o banco não é para enfeitar, é para ser usado. Não é para chegar lá e entrar só, é para incendiar o jogo. E foi isso que aconteceu hoje”, opinou o técnico são-paulino.

Entrando no segundo tempo, Osvaldo e Fernandinho colocaram mais velocidade no ataque do São Paulo, que passou a ameaçar o gol do Bahia com mais frequência até Luis Fabiano fazer o único gol do jogo, aos 12 minutos.

“Hoje eu tenho dois jogadores velocistas não para armar, mas para atacar. Fico satisfeito pelo São Paulo, porque no começo nós fizemos um jogo de coordenação, e eu não podia ficar aceitando aquilo. Eu precisava de mais sprint, mais Brasil, e foi isso que nós tivemos com Osvaldo e Fernandinho”, explicou.

Mas, apesar de estar feliz com o resultado, Emerson Leão não deixou de reclamar pelos 13 desfalques que teve neste domingo contra o Bahia. O treinador espera que agora, com um tempo maior para se preparar antes de entrar em campo novamente, a equipe consiga se recuperar para estar à disposição no dia 6 de junho, contra o Internacional.

“Nós hoje tivemos 13 jogadores com quem não pudemos contar. Não estamos dizendo que são todos craques, mas uma equipe de futebol sem 13 jogadores é muita coisa”, comentou.

“Mas pelo menos agora vamos ganhar dez dias para repararmos os erros, consertarmos o que não está bom, dar ao departamento médico autonomia para trabalhar por uma semana com esses jogadores machucados, e isso certamente vai nos ajudar”, finalizou.

Leão ainda admitiu não ter gostado muito da atuação são-paulina neste domingo, mas manteve o discurso dos jogadores de que a vitória é sempre importante para dar mais tranquilidade. Ainda assim, ele espera uma evolução da equipe para o próximo compromisso, daqui dez dias.

“Cometemos muitos erros hoje. Mas o importante é que temos dez dias para reconhecer esses erros, conseguir reformulação e recuperar os jogadores para voltar a brigar com todo mundo”, concluiu.