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Empresário e fã de tênis, Ronaldão lembra os tempos de São Paulo e diz: "Não há time imbatível"


Ronaldo Rodrigues de Jesus, imortalizado no futebol brasileiro como Ronaldão, se diz feliz ao contemplar aos 46 anos a sua vitoriosa carreira. Ex-zagueiro do extraordinário São Paulo de Telê Santana e da seleção brasileira, o agora empresário tem autoridade para dizer: não há time imbatível.

A afirmação vem depois dos recentes tropeços do Barcelona de Lionel Messi, Xavi e Iniesta, já considerado como um dos maiores times da história. A perda do Campeonato Espanhol para o Real Madrid e a incrível derrota para o Chelsea na semifinal da Liga dos Campeões levaram ao pedido de demissão do técnico Pep Guardiola.

Duas vezes campeão mundial com o São Paulo, com vitórias sobre o Barcelona e o Milan, Ronaldão afirma que todo grande elenco um dia encontra outro, mais determinado ou preparado para vencer.

- Não existe isso de time invencível. O Chelsea ganhou do Barcelona no campo, e eles não são melhores que os espanhóis. Nem sempre o melhor time ganha. Entraram para se defender e saíram com a vitória.

Em 1992, o São Paulo conquistou a sua primeira Libertadores e ganhou a chance de enfrentar o Barcelona de Johan Cruijff, na época tido como a melhor equipe do planeta, com craques como Stoichkov, Laudrup e Koeman. Ronaldão, entretanto, rejeita a comparação, e afirma que na final do Mundial Interclubes de 92 venceu o melhor time.

- Naquele jogos nós saímos atrás no placar e viramos a partida. Não teve essa de que o melhor não venceu. Ganhamos com toda a justiça, e até o técnico deles nos chamou de "Ferrari". Foi um time histórico.

São-paulino declarado, hoje Ronaldão administra seus negócios e agencia jogadores de futebol, para quem tenta transmitir "um pouco de experiência e honestidade". Dois anos antes de terminar a carreira - após passagens pelo Japão e por Flamengo, Santos, Coritiba e Ponte Preta -, o zagueiro entrou em uma faculdade para cursar Administração de Empresas. Largou o futebol em 2002.

- Foi uma escolha certa. Pude tocar depois meus negócios e me ligar com pessoas novas. Não tenho saudade dos tempos de bola, acho que aproveitei muito bem aquela época, me permitiu muitas coisas. E hoje vivo uma vida diferente.



No seu tempo livre, ele diz sempre "bater uma bola", mas agora com raquete e bolinha.

- Acompanho o circuito de tênis e pratico para manter a forma, é um esporte muito bom. Comprei a raquete do [Novak] Djokovic, então você já sabe de quem eu gosto na quadra.

Luta para ser titular no time de Telê

Ronaldão começou a carreira como lateral-esquerdo no Rio Preto, time do interior de São Paulo. Em 1986, se transferiu para o São Paulo, onde passou a jogar como volante e zagueiro, sempre na reserva. Sob o comando de Telê Santana em 1991, porém, ganhou a titularidade e se tornou um dos pilares de apoio do vitorioso time tricolor que marcou a década.

- O São Paulo é um grande clube e sempre houve muita concorrência. Sempre tive que disputar a posição para ser titular. E duas coisas foram importante para que eu virasse titular. Primeiro, a minha persistência, eu sempre batalhei muito. Em segundo, a ida do Ricardo Rocha para o Real Madrid em 1991. O Telê sentiu que tinha capacidade e me deu a chance.

No São Paulo, Ronaldão ganhou quatro Campeonatos Paulistas (87, 89, 91 e 92), dois Brasileirões (86 e 91), duas Libertadores da América (92 e 93), dos Mundiais Interclubes (92 e 93), duas Recopas (93 e 94) e a Supercopa Libertadores, em 93. O sucesso o catapultou à seleção brasileira, na qual foi suplente no tetracampeonato em 94, nos Estados Unidos.

- Foram muitos título pelo São Paulo mesmo. Os que mais me marcaram foram o primeiro, o Brasileiro de 86, e sem dúvida o bicampeonato mundial sobre o Milan, que para mim foi a realização. A seleção foi muito importante, pois o jogador que disputa uma Copa se torna de outro nível na carreira.

Hoje ídolo eterno dos são-paulinos, Ronaldão acompanha o tricolor diariamente, e é sempre presença garantida em eventos no Morumbi.

- Acompanho o São Paulo e sempre vou defender que meu time precisa de grandes jogadores. É a marca do clube.


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