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Memórias e carinho: Douglas volta ao Serra Dourada e aposta no Tricolor

Lateral, que defendeu o Goiás por 11 anos, comemora fácil adaptação ao time do Morumbi e diz que a torcida rival poderá ser um trunfo nesta quarta

Durante 11 anos, o estádio Serra Dourada foi a casa do lateral-direito Douglas que nesta quarta-feira, pela primeira vez na carreira, tomará o caminho do vestiário dos visitantes. A situação é tratada com bastante humor pelo jogador.

- Rapaz, tem de tomar cuidado para não entrar no errado (risos). Durante todo o tempo em que joguei no Goiás, só fui uma vez ao vestiário dos visitantes, que foi após um jogo contra o Corinthians, quando eu falei com o Dentinho. Mas é uma situação do futebol e nós, atletas profissionais, temos de saber lidar. Tenho um carinho enorme pelo Goiás mas, quando a bola rolar, é cada um por si – afirmou o jogador, que conversou com a reportagem do GLOBOESPORTE.COM na sua casa antes do embarque para Goiânia, palco da decisiva partida desta quarta-feira, pelas quartas de final da Copa do Brasil.

As lembranças do Goiás estão muito vivas na memória de Douglas. A grande parte das relíquias ficou na sua casa em Goiânia. Aqui em São Paulo, ele guarda a medalha do vice-campeonato da Copa Sul-Americana e uma camisa que trocou com o amigo e zagueiro Amaral, do rival alviverde, após o jogo disputado no estádio do Morumbi.

- Acho que naquela final da Sul-Americana o Goiás nunca teve tanta torcida no futebol brasileiro. Com quem você falava, era só mensagem de incentivo. Infelizmente, não conseguimos o nosso objetivo – lamentou.

A ligação entre Douglas e Goiás é muito forte não só pela história do agora defensor tricolor como atleta. O clube esmeraldino deu emprego ao pai, Gerson, durante seis anos. Ele era o responsável por cuidar do gramado do Serra Dourada, era quem aparava a grama, pintava as faixas. Em outras palavras, ele preparava o terreno que o filho pisaria na sequência.

– Foi uma ajuda muito importante na época. Meu pai é um guerreiro e trabalhou com muito amor até 2010, quando preferi que ele parasse. Hoje, já tenho condições de ajudar e prefiro que ele cuide mais da saúde – ressaltou o jogador.

Mas, se Gerson trabalhou durante tanto tempo no Goiás e Douglas hoje é jogador do São Paulo, como ficará a torcida na partida desta noite?

- Sem dúvida, ele vai torcer para mim. Como eu, ele também tem um carinho e é muito grato ao que o Goiás fez. Mas filho é filho né. Já mandei uma camisa do São Paulo para ele e outra para a minha mãe (Maria) e tenho certeza de que será uma noite especial nesta quarta-feira. Espero que possamos sair com a classificação.


Agora no São Paulo, Douglas reencontra seu time de base, o Goiás (Foto: Marcelo Prado/Globoesporte.com)

Com conhecimento de quem atuou tanto tempo no Serra Dourada, Douglas acredita que o São Paulo terá boa chance de êxito se conseguir irritar a exigente torcida do Goiás.

– O segredo será impor o nosso ritmo de jogo e trabalhar bem a bola, esperando o tempo passar. Se fizermos isso com inteligência, a torcida vai começar a chiar e isso poderá nos ajudar bastante. Temos uma boa vantagem no placar, mas nada está definido – alertou o defensor.

Adaptação rápida a São Paulo

Douglas disputará nesta quarta-feira o seu quinto jogo pelo São Paulo. Ele foi contratado pelo Tricolor no início de março, mas chegou com uma lesão no púbis e ficou aproximadamente dois meses em tratamento no Reffis. A partir do momento em que ganhou a primeira oportunidade do técnico Emerson Leão, tornou-se dono da posição e colocou o paraguaio Iván Piris no banco de reservas.

– O começo não foi fácil. Vim com uma lesão complicada, e foi preciso ter muita paciência. Mas agora tudo está dando certo. Estou bem adaptado à cidade, estou começando a me entender com o trânsito. Em São Paulo, o curioso é que você faz o mesmo caminho sempre. Em um dia, demoro 20 minutos para chegar ao CT. Em outro, uma hora e meia. Mas vamos aprendendo a lidar com as dificuldades e tenho certeza de que ainda tenho muito para melhorar – disse o ala.

Casado com Janaína há dois anos e meio, Douglas precisa sempre guardar uma dose extra de fôlego para quando chega em casa, já que o filho, Kauã Pietro, de um ano, está ansioso para iniciar as brincadeiras e levar o pai ao cansaço. Durante o tempo em que o atleta conversou com a reportagem, não houve cadeira que não pudesse ser escalada. Quando a mãe tirou o filho de perto do pai, foi uma choradeira só. Tanto que Douglas desceu com o pequeno para brincar no campo de futebol.

– Ele não dá trégua (risos). Até pouco tempo antes de ele completar um ano, falava para todo mundo que tinha dado muita sorte, pois ele era uma criança calma. Mas rapaz, me enganei. Ele é pilhado o tempo todo! Se machuca, tem de ficar em cima. Mas faz parte. O importante é que tenho uma família maravilhosa – disse Douglas.


Adaptado a São paulo, Douglas brinca com o filho Kauã (Foto: Marcelo Prado / Globoesporte.com)

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