O São Paulo pode aplicar sucessivas goleadas, ganhar a Copa do Brasil e nada vai mudar: para Juvenal Juvêncio, Leão continuará sendo apenas um patinho feio. Como foram Ricardo Gomes, Baresi e Carpegiani, os sucessores de Muricy.

Juvenal considera muito caro o preço dos treinadores. Cá entre nós, tem razão. Mas, além disso, ele acredita em duas verdades absolutas: a primeira é o poder da "estutura" do São Paulo, algo mítico, capaz de fazer o time andar mesmo com apostas, iniciantes na profissão ou ultrapassados. Juvenal acredita tanto na força da estrutura, que chega a demitir um dos criadores da estrutura, Carlinhos Neves. Tudo é tão bom que até os bons podem ser dispensados.

A segunda aposta de Juvenal é em sua sapiência futebolística. Ele se acha mesmo um entendido. Por isso, repete Eurico Miranda e tira jogador da concentração na véspera de um jogo importante, desrespeitando a escolha do treinador. Atitute cheia de bazófia, que obriga Leão a escalar - ou a perder sua dignidade - o afastado na primeira oportunidade. Aí está Paulo Miranda de volta. O seu substituto levou um baile de Cicinho, da Ponte.

Edson Silva ou Paulo MIranda? Não sei. Perguntem ao Juvenal que contratou os dois. O presidente que sabe contratar e escalar. Vagner Diniz, Reasco, Michel, Jaílson, Jadilson, González, Eder, Juninho, Samuel, Thiago Carletto, Cléber Santan, Leo Lima, Rondón, Saavedra, João Filipe, Paulo Miranda, Edson Silva, Fabrício...... foram apenas alguns pequenos enganos. Se não jogaram bem, a culpa é do treinador. Nunca de Juvenal juvêncio, primeiro e único.