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Lembra dele? Vitorioso no São Paulo, Doriva 'perde' filho para Neymar

Hoje técnico da base do Ituano, ex-volante não consegue transformar o herdeiro em tricolor, apesar de sua história no clube do Morumbi

Ele conquistou os principais títulos com a camisa do São Paulo. Foi um dos titulares do Tricolor da década de 90. Mas não conseguiu fazer seu filho torcer para o time do Morumbi. O volante Doriva, atualmente com 39 anos, trabalhando nas categorias de base do Ituano, time da primeira divisão do interior de São Paulo, viu seu herdeiro se render aos encantos de Neymar e virar a “casaca”.

- Não teve como. O moleque joga demais, e o meu filho começou a torcer para o Santos, é mole? Até o levei para assistir à final do Paulistão. Ele ficou encantado. Ficamos na arquibancada mesmo. Fomos com um grupo de amigos, lá nos separamos porque ele quis ficar com os amiguinhos. Mas foi muito legal. Ele saiu de lá encantado com a atuação do Neymar. Esse foi o segundo jogo que ele viu ao vivo do Santos. O primeiro tinha sido contra o Vasco, pelo Brasileiro, no ano passado. E esse com o título ainda. Teve um sabor mais especial - contou o ex-volante.

Marcel, filho de Doriva, tem 13 anos e treina nas categorias de base do Galo de Itu. Segundo o pai, ele virou santista há dois anos e sonha trilhar o caminho do astro da Baixada Santista.

- Ele treina certinho, é bom jogador. Ainda não tem aquela “explosão”, mas está no caminho certo.

Doriva não é treinador do filho, mas - sempre que possível - o orienta dentro de campo. O ex-volante da Seleção Brasileira trabalha hoje com o time sub-17 do Ituano, administrado por seu ex-companheiro de São Paulo Juninho Paulista, e conta que se inspira nos técnicos europeus para comandar os treinamentos.

- O futebol brasileiro está cada dia mais dinâmico, mais rápido, e com características europeias. Eu não posso comandar um treino inspirado nos que eu tive do tempo que eu jogava aqui. Claro que uma coisinha ou outra, a gente sempre aproveita, mas o nosso futebol está cada dia mais parecido com o que é jogado lá - explicou.

Vaidade tem limite

O ex-volante afirma que os jogadores que têm como principal característica a explosão são os que mais se destacam atualmente, e que ele procura revelar atletas com este perfil.



- Todo mundo quer um zagueiro que cabeceie bem, marque bem, tenha boa impulsão e explosão para sair jogando. Na hora de procurar um volante, é a mesma coisa: você procura um jogador que marque bem e saiba sair jogando. No meio, a mesma coisa. No ataque, também. E é por isso que o Neymar e o Cristiano Ronaldo chamam tanto a atenção. Eles têm explosão.

E por falar nos craques vaidosos, o técnico Doriva não reprova os jovens atletas que se preocupam com a beleza. Porém, ele conta que sempre busca orientá-los a não esquecerem de jogar bola.

- Eu sempre falo que eles (jogadores) são adolescentes diferentes dos outros, pois já têm um foco, um objetivo, e que, por isso, precisam levar um ritmo de vida diferente dos meninos da idade deles. Não reprovo os cabelos e os penteados, até porque hoje é isso que eles têm como exemplo. Mas sempre falo para eles que têm que se preocupar em jogar bola, e não podem falar “eu sou o cara”. Elogios têm que sair da boca de terceiros. Humildade sempre.

São Paulo? Não, Galo...

Hoje, Doriva dá conselhos aos jovens de como conseguir ter uma carreira de sucesso. E foi usando a humildade, os princípios que tenta implantar no Ituano, que ele conseguiu destaque em grandes equipes do mundo.

O ex-volante começou a carreira no São Paulo em 1991, e foi lá que conquistou os principais títulos de sua carreira – como a Libertadores da América e também o Mundial Interclubes, ambos em 1993. mas ele acredita que o seu auge tenha sido no Atlético Mineiro.

- Todo mundo que vem falar comigo lembra do São Paulo, mas o meu melhor período como jogador foi no Atlético. Sei que no São Paulo conquistei mais títulos, e títulos representativos. Mas eu acho que foi no Atlético Mineiro que eu evolui e alcancei o meu auge.

Doriva defendeu as cores do Galo entre 1995 e 97 e foi campeão da Copa Conmebol. O volante atuou por Anapolina, Goiânia, XV de Piracicaba, Porto (Portugal), Sampdoria (Itália), Celta de Vigo (Espanha), Middlesbrough (Inglaterra), Blackpool (Inglaterra), América-SP e Mirassol. Defendeu a Seleção Brasileira na Copa de 1998 e fez 14 partidas com a "amarelinha".

E foi no Mirassol que Doriva encerrou a sua carreira, em 2007, aos 35 anos. O motivo foi um exame médico que, segundo ele, detectou “uma gripe no coração”. O médico o orientou a se afastar temporariamente dos gramados, por cerca de dois meses, mas ele optou por pendurar as chuteiras.

- Fiquei com medo, meu pai morreu muito novo com problema no coração, achei melhor não arriscar, e eu já estava parando mesmo.


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