O corte do zagueiro Paulo Miranda da concentração na última quarta-feira, horas antes do confronto contra a Ponte Preta, pela Copa do Brasil, em vez de se transformar em uma crise pode acabar se tornando motivo de união para o elenco tricolor, que promete pacto pelo companheiro. O lateral-esquerdo Bruno Corteznão contestou a atitude da diretoria, mas garantiu que o grupo irá trabalhar para “trazer o amigo de volta”.

– Em nenhum momento o São Paulo está em crise. Ficamos tristes pela derrota para a Ponte (por 1 a 0), mas em nenhum momento o fato de o Paulo Miranda ter sido cortado assim vai tirar nossa alegria, nosso desempenho. É levantar a cabeça, conquistar o objetivo para poder trazer o Paulo Miranda de volta para o nosso lado – afirmou

Paulo Miranda recebeu muitas criticas pelas falhas ao longo deste início de temporada. O estopim foi o jogo contra o Santos, domingo passado, pela semifinal do Campeonato Paulsita, quando cometeu um pênalti em Alan Kardec no primeiro minuto da partida. Relacionado pelo técnico Emerson Leão para o duelo contra a Ponte Preta, em Campinas, ele foi vetado pela diretoria, que emitiu uma nota oficial dizendo que o jogador seria substituído e que sequer viajaria.

Após a derrota, Leão deixou claro que a opção de tirá-lo foi exclusivamente dos diretores. Ele garantiu que o zagueiro seria titular caso estivesse à disposição. Diferentemente do marcador, ele já havia cortado do time o lateral-direito Piris e o meia Jadson. A dupla, considerada titular, ficou no banco de reservas.

– Não acho certo jogar tudo nas costas do Paulo Miranda só porque ele não foi bem. Cabe aos jogadores dar força a ele - concluiu o lateral.

O São Paulo volta a campo na próxima quinta-feira para disputar o jogo de volta das oitavas de final contra a Ponte Preta. Como perdeu por 1 a 0 na ida, o Tricolor precisa de uma vitória por dois gols. Se devolver o 1 a 0, leva a decisão para as penalidades. A Ponte joga pelo empate e pode até passar se perder por um gol, desde que marque.