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Diretoria cria crise no São Paulo


Corte de zagueiro contraria técnico e time, que perde para a Ponte Preta

O São Paulo, derrotado ontem por 1 a 0 pela Ponte Preta na partida de ida das oitavas de final da Copa do Brasil, voltou de Campinas com uma crise para administrar.

Pouco antes de a delegação embarcar para o interior a diretoria passou por cima do técnico Emerson Leão e, em decisão tomada só pelos cartolas, afastou o zagueiro Paulo Miranda, que estava concentrado para o duelo.

Na prática, a cúpula tricolor culpou o zagueiro pela eliminação no Campeonato Paulista, diante do Santos -derrota por 3 a 1, domingo.

"Foi uma atitude de cima para baixo", disse Leão após o jogo. O técnico evitou ampliar o atrito com a direção, mas não escondeu seu descontentamento com o corte.

"É desagradável, o grupo ficou chateado. Mas não julgo presidente, ele é soberano. Vocês [repórteres] devem conversar com a diretoria."

O diretor de futebol Adalberto Baptista deu a seguinte justificativa: "Nós achávamos que era o momento de preservar o jogador, que é nosso patrimônio".

O cartola confirmou que Leão não participou da decisão de cortar o zagueiro, titular na maioria dos jogos da equipe neste ano. "Nós decidimos e ele [Leão] foi informado de forma imediata."

Segundo Baptista, o beque deve ficar fora também da partida de volta contra a Ponte, semana que vem. "Depois vamos avaliar", declarou.

Leão deixou claro que não sabe do futuro. "A diretoria tomou uma atitude e não sei até onde vai ou o que vai acontecer", disse o técnico.

Paulo Miranda foi personagens em dois dos três gols do Santos no final de semana.

Foi ele que fez pênalti em Alan Kardec, marcação depois convertida por Neymar.

Também foi ele que não conseguiu parar o astro santista no segundo tento da equipe de Muricy Ramalho.

A queda no Estadual já tinha afastado o lateral direito Piris do time titular -ontem Douglas estreou no clube.

Além dele, o meia Jadson, maior investimento para a temporada, também perdeu sua vaga entre os titulares.

Ambos, entretanto, ficaram no banco em Campinas.

Já o goleiro Denis, que falhou no terceiro gol do Santos, foi mantido entre os titulares contra a Ponte Preta.

Luis Fabiano, capitão e um dos líderes do elenco, saiu em defesa do colega afastado.

"É triste ver um companheiro na situação do Paulo. Com certeza não é normal um jogador sair depois de concentrado", afirmou.

"A gente tentou jogar por ele, mas não deu", lamentou o atacante, que ontem passou em branco. O zagueiro Rodholfo e o meia-atacante Lucas também reclamaram da decisão da diretoria.

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