Desde sua chegada aos profissionais do São Paulo, durante a Copa do Mundo de 2010, Casemiro se destaca não só com passes longos e precisos, mas com declarações polêmicas. Bastou vencer o Sul-americano sub-20 com a Seleção Brasileira no ano passado para falar do interesse de equipes europeias e cobrar aumento. Hoje, porém, o volante deseja ficar marcado como um dos principais jogadores do clube.

“Quero ser ídolo do São Paulo, ser reconhecido como jogador do São Paulo, uma peça-chave. Sempre que entro em campo, tento ser ídolo do clube, achando que é meu último ou primeiro jogo pelo clube, seja contra Bahia de Feira de Santana, Corinthians ou Santos, jogando no mesmo ritmo”, falou o jogador.

No caminho para a idolatria, Casemiro o apoio de alguém que já é ídolo: Luis Fabiano. “O Luis foi muito importante nesta minha volta por cima, ele tem uma porcentagem grande nisso. É muito prazeroso ser amigo dele. Ele sempre conversou comigo, me ajudando nos treinamentos, brincando... É um cara experiente e está me conduzindo muito bem”, apontou.

O centroavante vê o jovem colega com potencial para conquistar a torcida. “O Casemiro é um garoto que gostas de conversar e ouvir. Temos gênios parecidos e este tratamento que temos fora ajuda muito dentro de campo”, comentou o camisa 9.



Se em 2011 chegou até à Seleção Brasileira principal, neste ano o meio-campista tenta reencontrar seu melhor momento após ser considerado até “mascarado” pela torcida. A mudança passa já dentro do clube, pois o jogador ‘perdeu’ a camisa 8 para Fabrício, e pela reconquista da posição de titular.

Tarefas que podem ser cumpridas com mais tranquilidade depois de o presidente Juvenal Juvêncio recusar proposta de 8 milhões de euros no início do ano e avisar que não negociaria seu meio-campista, para alívio do jogador. “No ano passado, fui vendido para uns 50 clubes”, sorriu Casemiro.

“Inventaram muita coisa, mas em momento algum o presidente me falou de algum interesse. Neste ano, está sendo diferente. Estou aqui para ajudar todos e fortalecer o grupo. Só tenho que agradecer o carinho das palavras do presidente no começo do ano”, continuou o, agora, camisa 28, reforçando que nunca pensou em deixar o time. “Sempre me perguntavam se um jogador com 20 anos pode servir para a Europa. Sem dúvida, pode, mas nunca falei que queria sair.”

Garantido no clube do Morumbi, Casemiro até faz graça em relação às dúvidas que tinham sobre o elenco. “Falavam muito que Santos e Corinthians tinham melhores elencos, então deixa para eles. Vamos continuar quietinhos, fazendo o nosso, simples, na humildade. Temos que ir atrás do título”, sentenciou.