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Lucas e Luis Fabiano se adotam no São Paulo e conquistam Leão

Alegres, ofensivos, brincalhões e craques... Lucas e Luis Fabiano tem parceria como trunfo para ganhar título e entrar na história


Luis Fabiano e Lucas: entrosamento dentro e fora de campo (Foto: Eduardo Viana)

– Olha meu garoto, aí! Esse é meu filho!
Luis Fabiano estava num programa de televisão quando Lucas surgiu para falar sobre ele. E, do alto de seus 31 anos, com uma Copa do Mundo nas costas, o camisa 9 revelou todo carinho pelo garoto, 12 anos mais jovem. Na verdade, há um ano, desde que o Fabuloso voltou ao São Paulo, eles se adotaram.

– Admiro muito a simplicidade dele, um cara sempre alegre, brinca com todos, e dentro de campo dispensa comentários, é nosso goleador. É um privilégio jogar e dividir quarto com ele – elogiou o garoto.

O camisa 7 vê no experiente parceiro um porto seguro. Exemplo, ídolo dos torcedores, artilheiro na Seleção. Fabuloso, por outro lado, percebeu logo que Lucas poderia ser o maior aliado na luta para se tornar o principal artilheiro do São Paulo.

Em 2012, ainda não houve assistência direta, mas contra o Independente-PA, Luis Fabiano fez após o goleiro espalmar chute do parceiro, que, diante do Santos, o deixou na cara do gol para sofrer e bater pênalti.

Até a comissão técnica percebeu que um poderia fazer bem ao outro. Tanto que o coordenador técnico Milton Cruz, quem mais se relaciona com os atletas, decidiu que ambos dividiriam quarto na concentração. A meta era aprimorar ainda mais o amadurecimento do garoto, já considerado de ótima cabeça no clube.

– Os dois se completam. Um com a velocidade, habilidade e espírito jovem. Outro com experiência e percepção de prever o que vai acontecer – analisou o técnico Emerson Leão.
Substituído diante do Santos, Fabuloso aproveitou que Lucas estava próximo e colocou a faixa de capitão, com seu nome e assinatura, no braço do pupilo (Rhodolfo é quem a usa sem o atacante). Com ela, Lucas decidiu a partida quase no fim. Inspiração da dupla que mira títulos do Paulistão e da Copa do Brasil para entrar na história e no coração da torcida.

BATE-BOLA

Lucas, atacante do São Paulo, em entrevista ao LANCENET!

O entrosamento entre você e o Luis, dentro e fora de campo, é notável. Há alguma explicação?
Ele é um grande parceiro, dentro e fora de campo. Já nos demos bem desde que ele chegou e acho que nos completamos. Ele com o grande poder de definição, experiência e técnica, e eu com velocidade, meus dribles e passes. E eu sempre o admirei, é um exemplo, jogou Copa do Mundo e fez história na Europa.

Vocês dividem quarto. Também há entrosamento ou os gostos não são tão parecidos. Rola alguma briga?
A gente se diverte, conversamos muito, assistimos a jogos, filmes. Os dois gostam de samba e pagode, então não tem briga, não. Tem é muita brincadeira e tiramos sarro (risos).
Essa alegria ajuda em campo?
A gente transfere para dentro de campo. Isso é fundamental numa parceria, e não só com ele. Se o ambiente é feliz, um corre pelo outro.

A dupla pode entrar na história como uma das maiores do clube?
Meu objetivo é conquistar o máximo possível pelo Tricolor e quero sim entrar na história. Se isso acontecer fazendo dupla com ele, melhor ainda. O Luis me dá muitos conselhos, conversa, é uma grande honra poder jogar ao lado dele.

SEGREDOS DA DUPLA
1) A primeira chave do sucesso de Lucas e Luis Fabiano no ataque do Tricolor é o entrosamento. A forte amizade fora do campo ajuda para que os dois se entendam melhor nas quatro linhas e tenham mais facilidade para conversar e planejar as jogadas.

2) O estilo de jogo dos dois como dupla de ataque é bastante compatível. Na direita, o camisa 7 impõe grande velocidade. Como referência, o Fabuloso se destaca pelo faro de gol.

3) Lucas e Luis Fabiano compartilham grande disposição em todas as partidas. O meia, na flor da idade, pouco para de correr durante os jogos. O atacante, por sua vez, esbanja raça nas divididas.

DUPLAS HISTÓRICAS

Raí e Palhinha
O entrosamento da dupla de meias-atacantes era tão eficiente que, juntos, ganharam os dois primeiros títulos da Libertadores do São Paulo, em 1992 e 1993. Na época, era comum ouvir que os dois se completavam. Raí tinha estilo mais cadenciado e finalizador e Palhinha, por sua vez, era mais veloz e driblador. Os dois repetiram a parceria em amistosos da Seleção Brasileira, ainda na década de 90, e depois nunca mais atuaram juntos no futebol.

Müller e Careca
A dupla fez sucesso no São Paulo na década de 80, fazendo parceria no ataque de um time que ficou conhecido como os “Menudos do Morumbi”, em alusão à banda de Porto Rico que fazia sucesso no Brasil na época. Ao lado de Sidnei, Silas e Pita, foram determinantes no título do Brasileirão de 1986. Müller e Careca ainda formaram a dupla de frente da Seleção Brasileira na Copa do Mundo de 1990 e no Santos, em 1997. No rival da Baixada Santista, contudo, tiveram pouco sucesso.

Amoroso e Luizão
Dupla formada às pressas para a fase final da Libertadores de 2005, ficou eternizada no Morumbi por conduzir o Tricolor ao tricampeonato. Luizão já era titular e, mesmo com a chegada do parceiro às vésperas da semifinal, contra o River Plate (ARG), o entrosamento dos tempos de Guarani foi fulminante. Amoroso, contudo, teve outra dupla no título do Mundial de Clubes daquele ano: Aloísio. Isso porque Luizão foi para o Japão no meio do ano.



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