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Renê Simões quer repetir metodologia do Barcelona no São Paulo

Novo responsável pela base visitou clube catalão e espera adequar o Tricolor

Após visita de 4 dias ao Barcelona, René Simões iniciou há uma semana o trabalho como diretor técnico do São Paulo. Em meio ao imbróglio envolvendo Oscar (leia abaixo), o ex-técnico defende um trabalho mais forte na base para evitar que o episódio se repita.

Qual o pedido da diretoria?

Fazer um trabalho de verticalização. A direção pediu que garantisse que ficaria pelos menos 6 anos. Espero ficar 10, 20 anos, há condições para isso.

Haverá troca de profissionais?

Estamos avaliando, acho uma pergunta que pula uma etapa do que estou fazendo. Seria predisposição, não análise. Dependendo de como dividir o trabalho, posso trazer alguém sim.

Qual o peso do fracasso na Copinha (eliminação na 1ª fase)?

A base revelou Oscar, Casemiro, Lucas... O problema não é tudo isso o que se fala. Foi uma derrapada bonita na Copinha, um aprendizado, mas não quer dizer que está tudo errado.

Houve pouca cobrança?

Não sei se houve falta de foco no campo, mas se aconteceu está errado. Não vejo a formação e o futebol como campo e bola somente, mas não se pode esquecer que a parte principal é o campo. Faz toda a lógica este tipo de crítica, só não sei se é verdadeira. Estou pesquisando.




E a bronca de Leão em Lucas?

Temos de bater palma para o Leão, de vez em quando você tem de desagradar teu filho. Ele tem de escutar as verdades. A maioria dos que cercam o jogador às vezes não dizem. O que o Leão fez foi fazê-lo pensar.

Como combater a influência dos agentes sobre os garotos?

Era fácil quando você tinha as ferramentas. Se o atleta não estava pensando no coletivo, botava no banco ou até afastava do grupo. Hoje não se pode fazer isso, pois ele recebe um telefonema e dizem: 'Se não te querem mais aí, vamos te botar em outro clube, ganhando mais.' Então, perdemos as ferramentas. A conscientização tem de ser aqui embaixo, na base.

Não há contradição em investir na base e negociar jovens como Henrique e Bruno Uvini?

Os clubes do País passaram por um momento em que não tinha jeito, tinha de vender atletas para equilibrar as contas. Todos fizeram isso, não é característica do São Paulo. Mas com este novo momento econômico há muito mais possibilidades, até porque os clubes de fora não terão dinheiro para comprar. Agora é o momento propício de investir na base. E com muito cuidado, porque os atletas vão ter vida mais longa aqui.

O seu trabalho depende então da conjuntura econômica?

Não tenha dúvida. Depende de circunstancias, não vejo nenhum clube que tenha vendido jogador com prazer. Mas os clubes de fora não vão pagar o que vale o seu produto e teremos dinheiro para mantê-los aqui.

Vê o Barcelona como modelo?

Sim, mas o Barcelona é fruto de um trabalho de 24 anos. Não acredito que vamos levar tanto tempo, temos muita qualidade no País. Lá, há um departamento de metodologia, que introduz na base as mudanças no time principal, de forma que o sub-13 joga e treina da mesma forma que o time de cima. Penso em fazer isso aqui, mas é apenas uma possibilidade. Ainda não tomei decisão nenhuma.

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