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Lucas supera polêmica, brilha, vira 'capitão interino' e já projeta títulos

Meia diz ter tido melhor atuação da carreira contra o Santos, quando chegou até a usar a braçadeira, e coloca ponto final em 'briga' com Leão

De bem com a vida. Após duas semanas turbulentas, com direito a desabafo no Twitter e polêmica com o técnico Emerson Leão, o meia Lucas voltou a sorrir. Autor de um dos gols, de uma assistência para Luis Fabiano marcar e de grandes jogadas no clássico do último domingo, contra o Santos de Neymar, Ganso e Muricy, o craque são-paulino não tem dúvida: sua atuação no final de semana foi a melhor pelo São Paulo desde que ele foi promovido ao time profissional, no segundo semestre de 2010.




A semana anterior ao clássico não foi nada fácil para o jogador, de apenas 19 anos. Após o duelo contra a Portuguesa, quando trocou o individualismo criticado por torcedores e pela comissão técnica por um burocrático padrão de toques de lado (e recebeu ainda mais críticas por isso), o garoto sucumbiu à pressão e chorou no caminho para casa. O carinho dos pais e de alguns companheiros do Tricolor, em especial de Luis Fabiano, fez o atleta reagir. Contra o Peixe, Lucas só não fez chover.

Aliviado com a volta da boa fase, o meia, que foi destaque dos jornais, portais e programas de televisão da última segunda-feira, aproveitou uma parte da segunda-feira de folga e foi até a TV Globo. Primeiro, participou do "Globo Esporte", onde reviu seus grandes lances na partida. Na saída, uma rápida conversa com a reportagem do SporTV. Para fechar, uma entrevista exclusiva ao GLOBOESPORTE.COM.

Por onde andou na emissora, Lucas foi o “cara”, termo também usado por Neymar para elogiar o rival dentro das quatro linhas e parceiro longe dos gramados.

No papo que durou aproximadamente 30 minutos, Lucas falou sobre vários assuntos: fez uma análise do seu momento atual, da polêmica com o técnico Emerson Leão, sobre o fato de ter sido capitão pela primeira vez e sobre a evolução do São Paulo em 2012. Para ele, agora que o time ganhou um clássico, o torcedor finalmente percebeu que pode confiar na equipe.

Veja abaixo os melhores momentos da entrevista.

GLOBOESPORTE.COM - Gol no clássico, grandes jogadas, capitão pela primeira vez, vitória para ganhar o torcedor. Por tudo que ocorreu neste domingo, dá para dizer que foi sua melhor atuação pelo São Paulo?

Lucas - Cara, acho que foi sim. Em outros jogos também fui muito bem e pude ajudar a equipe. Mas domingo foi diferente, pela emoção envolvida no jogo, pela dificuldade da partida. Ganhamos do campeão da Libertadores com um homem a menos.

Com 19 anos, você vestiu a tarja de capitão. O que representa isso para você?
Foi a primeira vez e acho que vai demorar a aparecer outra chance (risos). No jogo passado, contra o Independente-PA, quando o Luis Fabiano foi substituído, ele olhou para trás e procurou o Rhodolfo. Eu gritei na hora: "Ei, dá ela para mim", mas acho que ele não escutou. Conversamos após a partida sobre o assunto. No domingo, acho que o Luis lembrou e resolveu me dar a tarja. Isso aumentou muito a minha responsabilidade, mas também me deu muita motivação. Sem dúvida, vai ficar marcado na carreira.

Por que isso é tão especial?
Cara, são jogos como o de domingo em que você tem de aparecer e decidir, fazer o que todos esperam de você. Quando virei capitão, o jogo estava empatado, tínhamos um homem a menos. Estava esgotado, mas consegui tirar aquele último gás e ajudar o time a sair com a vitória que, sem dúvida, será muito importante para a sequência da temporada.

Você falou do Luis Fabiano e é possível perceber que a parceria entre vocês está cada vez melhor.
Sem dúvida, ele é um cara espetacular dentro e fora de campo. Está voltando ao seu melhor momento, está marcando gols e, sem dúvida, vai nos ajudar muito. Eu me dou muito bem com todo o grupo, mas com ele o entendimento foi maravilhoso desde que ele chegou no ano passado.

Já esqueceu a polêmica da semana passada?
Sim, não acho que foi polêmica. Na verdade, deram importância muito grande para um fato que não merecia. Em nenhum momento, quis ofender ou falar algo do meu treinador, o Leão é um cara que cobra muito, mas ajuda bastante. Está superado, só quero pensar em entrar em campo e ajudar o São Paulo.

Hoje você faria o desabafo que fez no twitter?
Não. Embora ache que não tenha errado, isso ajudou a aumentar o episódio. Foi uma lição que aprendi: de cabeça quente, a chance de falar o que não deve é muito grande. Eu só quis me posicionar, me defender, algumas pessoas exageraram nas críticas. Mas aprendi que a melhor resposta que posso dar é dentro de campo.

Luis Fabiano e Rogério Ceni, que são os mais experientes do elenco, tiveram qual importância nesse episódio?
Eles e outros conversaram comigo. Agora é hora de pensar no futuro.

Como um dos destaques do time, você sabia que, apesar da sequência de vitórias, o torcedor são-paulino andava desconfiado. Faltava um grande teste para mostrar que o time tem condições de brigar por títulos. Essa prova ocorreu no domingo e o time respondeu da melhor maneira possível. Você acha que agora o torcedor vai apostar na equipe?
Acho que sim, nosso torcedor é muito importante. Nós que estamos no dia a dia do clube sabemos que as coisas estão melhorando. Mas, para o torcedor, faltava o grande teste, uma vitória em um clássico. Até porque havíamos perdido para o Corinthians e empatado com o Palmeiras. Contra o Santos, fizemos um jogo para mostrar que podemos ser campeões. Temos muito a dar e vamos brigar, quero meu primeiro título.

Falando em títulos, como você lida com o fato que deve ficar fora da decisão da Copa do Brasil, caso o Tricolor seja finalista?
Essa notícia para mim é nova, não sabia isso.
A decisão da Copa do Brasil é no dia 25 de julho, e a estreia na Olimpíada de Londres ocorrerá quatro dias depois.

Bom, se não tem jeito, tenho de fazer a minha parte, que é chamar a responsabilidade e colocar o time na decisão. E, na hora da final, estarei longe na torcida. É claro que todo jogador quer disputar uma decisão, mas tenho de pensar que pelo menos é por um ótimo motivo que não vou jogar. Também quero muito ajudar a Seleção a conquista a inédita medalha de ouro.

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