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Futebol sem medo

O futebol impõe riscos. Não existe decisão perfeita, escolha que não possa ser contestada ou desmontada pela verdade do jogo.


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Muricy Ramalho e Emerson Leão tomaram suas decisões e durante 90 minutos foram do céu ao inferno.

A primeira aposta foi do treinador santista. Bancou em campo jogadores desgastados por uma partida disputada na quinta-feira pela Taça Libertadores, armada sobre um campo sintético, semelhante a esses tapetes de porta de loja. Seria assombroso vê-los correndo no Morumbi. O futebol impõe riscos.

Certo ou errado? Depende do resultado, é dele a validação das decisões dos treinadores. Em campo os times jogavam em ritmos diferentes. O São Paulo, em construção, em busca de se afirmar como equipe, compactava-se rapidamente, sabia que precisava de inspiração e transpiração.

Até os 30 minutos só houve o São Paulo em campo, sem uma finalização sequer do Santos, time lento e cheio de espaço. As diferenças estavam no meio de campo. Enquanto o grupo de Leão corria, o de Muricy observava. Ganso esperava a bola no pé e Ibson pouco fazia coletivamente.

Entre os volantes Adriano e Arouca havia um terreno a ser ocupado. E foi dominado pelo meio-campo tricolor até os 30 minutos. Casemiro, mais dedicado à marcação de Ganso que Denílson, conseguiu fazer função dupla, na defesa e na criação, principalmente pela velocidade na condução da bola para o ataque, trabalho executado em parceria com Cícero.

O futebol impõe riscos. O de Leão foi manter Rodrigo Caio depois de o jogador levar um cartão amarelo aos 25 minutos, e aos 35 contar com a complacência da arbitragem para não ser expulso.

O ritmo do jogo e a presença de Neymar sugeria a troca do lateral por Piris. Mas o jogador foi mantido, e aquilo que todo mundo imaginava aconteceu: cartão vermelho.

Imediatamente após a expulsão, aos 8 minutos do 2.º tempo, Muricy trocou Adriano, volante com cartão amarelo, pelo meia Felipe Anderson. É o tal do risco. Com um jogador a mais e o combate empatado, por que não buscar a vitória?

Com a troca de Jadson por Piris, em tese o São Paulo ficaria esvaziado no meio de campo, sem a ligação. Em tese porque Luís Fabiano foi lançado, sofreu pênalti - sobre o qual cabe uma boa discussão - e fez sua equipe saltar na frente, mais uma vez. O gol levou Muricy a arriscar ainda mais, com o atacante Alan Kardec na vaga do lateral Paulo Henrique.

Neymar empatou num vacilo de Casemiro, mas Lucas deu a vitória ao São Paulo, já sem Luís Fabiano, aos 44 minutos. O camisa 7, único atacante de um time com dez jogadores, apoiado pelo lateral-esquerdo Cortez, teve resistência e coragem para decidir, encerrando um confronto em que os treinadores não tiveram medo.

Houve um tempo em que os clássicos serviam para a gente reclamar da fuga dos jogadores para o futebol europeu. Hoje temos alguns por aqui e treinadores dispostos ao risco.

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