Lucas brilhou em clássico deste domingo ao marcar gol da vitória do São Paulo
Foto: Ricardo Matsukawa/Terra

O São Paulo empatava com o Santos por 2 a 2 até os 41min do segundo tempo, no Morumbi, em duelo eletrizante válido pela 14ª rodada do Campeonato Paulista. Foi quando Lucas puxou um contra-ataque fulminante, tocou para Cortez sozinho, viu o lateral esquerdo finalizar na trave e pegou o rebote, fazendo o tento da vitória tricolor e virando herói. Chamado de "o cara" por Neymar, de "Ferrari" por Leão e até de "lindo" por dezenas de tietes, o atacante viveu uma tarde inesquecível no estádio são-paulino.

"Agora as pessoas vão nos enxergar com outros olhos. Não tínhamos vencido um clássico, e hoje vencemos uma grande equipe e com um jogador a menos. Vamos chegar fortes para a final do campeonato. Isso é para mostrar que o São Paulo é vencedor e vai dar trabalho ao longo da temporada", avisou, ao término do confronto que terminou 3 a 2 aos tricolores.

De fato, a atuação de Lucas foi de gala neste domingo. Com 14 dribles ao longo do duelo, o camisa 7 deu show e comandou a heroica vitória são-paulina com um homem a menos desde os 7min do segundo tempo - Rodrigo Caio foi expulso, após pegada em Neymar. Sobrou para o jovem atacante comandar a reação que culminaria com um triunfo glorioso.

Se no primeiro tempo Lucas havia se encarregado apenas de distribuir dribles - chapéus, por exemplo, foram dois - e puxar ataques perigosos pelo lado direito, na etapa complementar o camisa 7 se superou. Além de ter marcado o tento da vitória, foi dos pés dele que saiu o contra-ataque que originou o pênalti sofrido por Luís Fabiano e convertido pelo próprio artilheiro tricolor. Méritos, também, de Lucas.

O técnico Emerson Leão, aliás, até mandou um recado para o empresário de Lucas, o agente Wagner Ribeiro, que havia dito nos últimos dias que "Lucas é uma Ferrari. Você sabe que anda rápido, mas se o piloto (no caso, Leão) não sabe dirigir ou trocar as marchas o carro não vai bem". Em resposta, Leão avisou: "eu fiz auto escola essa semana e aprendi a dirigir a Ferrari". O menino, aliás, fez questão de rejeitar o rótulo.

"Me sinto alguém que pode ajudar muito o clube. Quero crescer a cada dia e evoluir, com a minha principal característica que é gostar de jogar futebol. Quero vencer, entrar em campo e me divertir jogando. Essa história de Ferrari deixo para quem entrou com esse assunto, que deu muito o que falar. Procuro apenas jogar futebol", minimizou o jogador, que também negou ter sido o herói do triunfo. "O protagonista é o próprio time", pregou, com humildade.

Assédio de tietes
Após a vitória, Lucas deu entrevista na sala de imprensa do Estádio Cícero Pompeu de Toledo. Com eventual timidez, respondeu às perguntas feitas, falou em particular com alguns veículos e seguiu para fora do local, de onde pegaria o elevador até o estacionamento. Contudo, não contava com visitas inesperadas: dezenas de meninas, que o aguardavam do lado de fora e ficaram histéricas com sua presença.

"Lindo! Lindo! Lindo! Lindo", gritavam as garotas, em êxtase. "Eu queria dar um beijo na boca dele", dizia uma delas a uma amiga, enquanto outras seis choravam copiosamente pela presença do jogador. Atencioso, Lucas parou, tirou fotos, deu autógrafos, foi agarrado e, mesmo com o desespero de seus seguranças que tentavam conter o ímpeto das fãs, permaneceu por algum tempo com as tietes. Curiosamente, até alguns rapazes estavam na bagunça e tentavam abraçá-lo como podiam. Outros, atônitos, apenas observavam, boquiabertos, a saída de Lucas. Parecia até uma Ferrari...

Veja números de Lucas no clássico, de acordo com o Footstats:

Gols: 1
Finalizações: 1 certa e 2 erradas
Cruzamentos: 1 errado
Desarmes: 2 certos
Dribles: 10 certos e 4 errados
Faltas: 3 cometidas e 5 recebidas
Lançamentos: 1 certo
Passes: 15 certos e 2 errados
Posse de Bola: 1min40s
Perdas de Bola: 13