Rogério Ceni exalta qualidade do elenco tricolor
(Foto: Marcelo Prado / Globoesporte.com)


Parado já há dois meses por conta de uma cirurgia no ombro direito, Rogério Ceni se mostra otimista com o futuro do time do São Paulo na temporada. Para o goleiro, trata-se do “melhor elenco desde 2008”. O capitão ressalta, porém, que o time ainda está em formação. Daí a irregularidade no Campeonato Paulista e mesmo na Copa do Brasil – o Tricolor não conseguiu eliminar o Independente-PA em Belém e precisou do jogo da volta.

– Vejo que esse time é o melhor dos últimos cinco anos, mesmo contando o de 2008, quando fomos campeões brasileiros e não tínhamos um elenco como o de hoje. Tem tudo, comprometimento, potencial, opções de jogo. Basta ver que no ataque temos Lucas, Osvaldo e Fernandinho para dar a velocidade. O Luis (Fabiano) agora vai ter uma sequência. Temos volantes à vontade, cada um com seu estilo. É o melhor elenco que temos nas mãos desde 2008 – disse Ceni.

Apesar de não estar jogando, Ceni continua ligado ao elenco, já que faz fisioterapia no Reffis em até dois períodos por dia. O goleiro se mostrou preocupado com a repercussão do “caso Lucas” – o meia andou ensaiando algumas reclamações sobre instruções dadas pelo técnico Emerson Leão, situação agravada por seu empresário, Wagner Ribeiro, que o comparou a “uma Ferrari mal conduzida”. Ceni culpou a imprensa pela proporção que o assunto ganhou.
– Converso com ele (Lucas) quase todos dias. É preciso valorizar esse garoto. Ele será, sem dúvida nenhuma, a maior revelação do clube na década, assim como o Kaká foi na década passada e o Denílson nos anos 90. Não acho que ele tenha falado algo de tão grave, mas o problema é que vocês precisam de notícias e acabam dando uma importância maior – afirmou o goleiro.

Ceni citou a evolução de Neymar, no Santos, como parâmetro para Lucas.
– Problemas entre jogador e treinador acontecem todos os dias. Gosto muito do Lucas, ainda tem muito a dar para o São Paulo. O Neymar é valorizado no Santos por tudo que faz. Precisamos fazer o mesmo com o Lucas. Ele tem 19 anos e chama a atenção pela capacidade de aprender e escutar. Não dá problemas, não faz birra.

O capitão são-paulino também opinou sobre as mudanças no comando da CBF. Ele disse que torce por uma melhora na relação da entidade com os clubes
.
– Eu não vou ficar aqui polemizando, batendo no cara (Ricardo Teixeira) que saiu. Vocês acompanharam a trajetória boa. Ele deve ter feito coisas boas, assim como foram colocadas suspeitas na mídia. Não sou eu quem tem de julgar. Espero que agora melhore a relação CBF e clubes, e não só CBF e São Paulo. Uma Copa do Mundo acontece a cada meio século no Brasil. Mas os clubes sobrevivem diariamente. Espero que haja um entendimento maior entre as partes.