Os desfalques têm atrapalhado a vida do técnico Emerso Leão no São Paulo. Neste início de ano, ele não pode contar com Rogério, que operou o ombro, Luis Fabiano, com um estiramento muscular na coxa, e Cañete, que passou por cirurgia ainda em 2010.

Nesta semana, Leão ainda perdeu o volante Wellington, que terá que ser submetido a uma intervenção cirúrgica no joelho esquerdo e vai demorar pelo menos seis meses para voltar ao time.

Além das lesões, há também as suspensões. Com todos esses problemas, a saída do treinador é improvisar.


Adriano Vizoni/Folhapress
Com a bola na barriga, Cícero comemora gol; clique e veja mais imagens

No empate com o Bragantino por 3 a 3, Cícero foi deslocado para o comando de ataque no lugar do artilheiro da equipe, Willian José, que havia sido expulso contra o Paulista. E o meia não decepcionou na função, marcando dois gols. Um deles de típico camisa 9.

"No primeiro gol, foi oportunismo mesmo. Eu sabia que o Fernandinho bateria cruzado. No segundo, o Leão sempre pede para arriscar de fora da área e fui feliz", afirmou.

O camisa 16 aprovou a sua atuação que quase teve mais um gol, que seria o da vitória.

"Tive uma atuação boa, não só pelos gols, mas pela movimentação. Fiz o pivô, cheguei nas jogadas, cabeceei, chutei. Poderia ter saído mais um gol, mas bateu na trave", falou.

Só que a alegria de Cícero por atuar na nova função tem data para acabar. No clássico contra o Palmeiras, Willian José volta de suspensão e Cícero retorna para o meio de campo.

Apesar da alegria pelos dois tentos, ele saiu de campo chateado com o resultado. E cobrou mais atenção dos companheiros.

"Acho que era para termos saído com a vitória. Vacilamos de tomar dois gols logo no início. Nos desdobramos, fizemos os gols. Mas não deu. Agora temos que esquecer esse jogo e pensar no Palmeiras", finalizou.

O São Paulo volta a campo no próximo domingo, quando enfrentará o Palmeiras em Presidente Prudente. Com 18 pontos, o time está na 5ª colocação do Paulista.