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Apegado ao poder, Teixeira perde para argentino e espanhol

Há 23 anos na CBF, Teixeira só perde para argentino e espanhol em lista de cartolas de federações nacionais mais apegados ao poder

Os 23 anos de permanência de Ricardo Teixeira na CBF fazem do presidente da Confederação Brasileira de Futebol um dinossauro quando comparado a seus equivalentes de outros países.

Entre as 30 federações nacionais com seleções mais bem posicionadas no ranking da Fifa, só cinco têm mandatários com mais de uma década de poder. E 20 trocaram de comandante nos últimos cinco anos. Algumas, casos da francesa e da inglesa, até mais que uma única vez.

Teixeira, que assumiu o controle da CBF em janeiro de 1989, amparado pelo então sogro, João Havelange, presidente da Fifa na época, é o terceiro dirigente com maior longevidade do grupo dos 30 países mais fortes do futebol neste momento.

Apenas Julio Grondona, na associação argentina desde 1979, e Ángel María Villar, que chegou à Real Federação Espanhola em 1988 e foi reeleito na semana passada para outros quatro anos, contabilizam mais tempo no cargo.

São exceções em um cenário político que hoje aponta para o lado contrário ao do continuísmo ainda tão forte nas federações internacionais -Nicolás Leoz preside a Conmebol, a Confederação Sul-Americana, desde 1986, Issa Hayatou faz o mesmo na Confederação Africana há 25 anos, e Joseph Blatter chegou ao topo da Fifa em 1998.

Só no ano passado, oito dos países da elite da bola colocaram novos nomes para administrar suas entidades.

A Inglaterra, berço da modalidade, elegeu David Bernstein, um ex-executivo do Manchester City e do estádio de Wembley, para substituir Lord Triesman, que posteriormente denunciou um suposto esquema de venda de votos na escolha da sede das Copas do Mundo de 2018 e 2022.

Em Portugal, Fernando Gomes sucedeu Gilberto Madaíl, polêmico presidente no cargo desde 1996. E o Chile viu chegar ao poder um jovem. Sergio Jadue, 32, ex-presidente de clube nanico, o Unión La Calera, venceu.

O ano de 2012 já registrou uma troca presidencial. Mehmet Ali Aydinlar, que dirigia a federação turca, renunciou em janeiro depois da explosão de um escândalo de manipulação de resultados.

Teixeira também tem sofrido pressão para abandonar os comandos da CBF e do COL (Comitê Organizador Local da Copa-2014). Na semana passada, a Folha mostrou sua ligação com a Ailanto Marketing, empresa acusada de superfaturar um amistoso da seleção em Brasília, em 2008.

Em meio à crise, ele viajou para a Flórida, mas assegurou que retomará suas funções na próxima semana.

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