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Anunciantes pagam cada vez mais por audiência, que despenca no futebol brasileiro

Desinteresse crescente de público faz presidente da Fifa criticar país severamente



Espectadores que acompanham os jogos do futebol brasileiro pela TV estão diminuindo anos após ano. A crise no futebol nacional é tão grande que está gerando uma polêmica no mercado publicitário, com anunciantes pagando cada vez mais dinheiro por cada vez menos audiência.

Segundo dados da própria CBF (Confederação Brasileira de futebol), a média de público nos estádios no Campeonato Brasileiro caiu cerca de 17% entre 2009 e 2010, de 17.807 para 14.800. De acordo com pesquisa do Ibope, a audiência nacional na televisão do Brasileirão caiu 21%, entre 2005 e 2011.


Michael Regan/Getty Images

Em 2005, 30 segundos de anúncio durante a rodada do Brasileirão custava em média R$ 142 mil. Seis anos depois, o preço para se veicular uma propaganda de mesmo porte subiu quase 45%, para R$ 236 mil.

Com esse cenário de desinteresse dos torcedores pelos jogos, sobram motivos para o presidente da Fifa, Joseph Blatter, deixar o pudor de lado e não só atacar o presidente da CBF, Ricardo Teixeira, como dar palpites sobre a qualidade técnica da equipe. Para ele, o técnico Mano Menezes corre o risco de não montar uma equipe competitiva até 2014.

- O Brasil tem um novo técnico, mas já há muitas críticas. Ricardo Teixeira disse que não mudará o plano, mas a verdade é que se não houver resultados terá de pensar. O Brasil não terá mais jogos oficiais, apenas brincadeiras. Não há mais nenhuma pressão de competição até a Copa das Confederações. Então, nunca sabe em que pé a seleção estará.

Segundo Blatter, Teixeira também errou ao escolher São Paulo para abertura da Copa no Brasil.

- Já demos o Centro de Mídia para o Rio, e a sede da organização da Fifa será no Rio. Portanto, a cidade mais adequada para receber a abertura é mesmo o Rio de Janeiro. O futebol brasileiro é o Rio. E, para o mundo, o Rio é a cidade mais atraente para abrir uma Copa, sem dúvida.

O presidente da Fifa afirmou que as brigas políticas internas no Brasil têm prejudicado a definição dos estádios do Mundial.

- O principal obstáculo para a organização da Copa no Brasil tem sido as brigas políticas entre prefeitos, governadores e governo federal. Isso pode de fato atrapalhar muita coisa. O Brasil sediará uma ótima Copa. Mas tem de resolver essa briga política.

O Fielzão, como ficou conhecido o estádio que o Corinthians está construindo, tem no momento a preferência da CBF para abrir o Mundial. Orçado em cerca de R$ 890 milhões, a arena ganhou de forma polêmica recursos do governo brasileiro, com linha de crédito de R$ 400 milhões com o BNDES e isenção fiscal de R$ 420 milhões da Prefeitura de São Paulo.

Retomando as críticas ao futebol praticado em território brasileiro, o cartola máximo do esporte afirmou que o país terá mais facilidade em organizar a Copa do Mundo do que em vencê-la.

- Não é tão fácil organizar esse evento, nem para o Brasil. Mas, olha, tenho certeza de que o país vai realizar uma ótima Copa. Só não tenho tanta certeza de que terá o melhor time.


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