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O maior inimigo do SPFC

Rogério Ceni, indiscutivelmente um dos maiores goleiros da história do futebol mundial, disse nesta semana, em entrevista à Agência Radioweb, que o Morumbi só não será palco dos jogos da Copa do Mundo porque o São Paulo é um clube honesto. Com todo o respeito à opinião do ídolo e capitão são-paulino, a história não é bem assim. Afinal, há outras razões que explicam o fato de o Estádio Cícero Pompeu de Toledo ter sido jogado para escanteio pelos representantes da Fifa e do Comitê Organizador do Mundial de 2014 no Brasil. A começar pela arrogância do presidente Juvenal Juvêncio, que parece não ter medido as consequências ao tentar ser mais realista que o rei.



Um dos grandes pecados dos dirigentes esportivos é pensar-se maior do que o cargo que ocupam. Há, em muitos deles, traços evidentes de megalomania, de deslumbramento, de onipotência. Juvenal Juvêncio é um deles. Tenta passar uma imagem de paladino da justiça, última reserva de moral e de inteligência no futebol, sem se dar conta de que, na prática, é produto de sua insolência.

A soberba parece ter cegado Juvenal Juvêncio, que se dedicou à aventura de comprar brigas com a FPF, a CBF, a Fifa, a TV Globo, o Corinthians... como se todos estivessem errados e só ele estivesse certo. Independentemente de quais tenham sido seus motivos em todos esses embates, o fato é que o maior prejudicado foi o São Paulo Futebol Clube, o clube, a instituição que, a bem da verdade, não é propriedade do presidente. Não são poucos os sócios e conselheiros que já perceberam que, agindo deste modo, Juvenal Juvêncio tem dado prejuízo ao clube. Brigar pelos direitos de uma entidade, defender o que é justo, argumentar em defesa de seus sócios e funcionários é um dever do presidente. Mas, na busca desses objetivos, um dirigente não pode colocar seus interesses e convicções pessoais em primeiro plano.

A postura de Juvenal Juvêncio não honra o passado de dirigentes que fizeram o São Paulo ser reconhecido como um clube diferenciado em relação à gestão do futebol. Manoel Raymundo Paes de Almeida, Antonio Nunes Leme Galvão, Henri Aydar, só para citar exemplos recentes, sempre comandaram o clube com elegância e inequívoca vocação para defender os direitos da coletividade. Se o São Paulo contasse com dirigentes como eles no comando, por certo hoje nem existiria o projeto Itaquerão, que só foi criado diante da inviabilização do Morumbi. Inviabilização que não se dá só no âmbito da Copa de 2014, mas também em relação à Copa das Confederações, aos clássicos e a shows internacionais. Imagina-se que, quando o Fielzão e a Arena Palestra estiverem prontos, a desocupação do Morumbi será ainda maior, com maior prejuízo para o clube.

O Morumbi, palco dos grandes confrontos e dos maiores artistas do mundo, está se apequenando diante do tamanho da arrogância e do ego de seu presidente.

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