No Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) pela primeira vez, o paraguaio Piris, lateral do São Paulo, estreou com o pé direito. Em sessão nesta terça-feira, dia 23 de agosto, o jogador foi absolvido pela Segunda Comissão Disciplinar, em decisão por maioria de votos, pela expulsão na vitória do Tricolor sobre o Bahia por 3 a 0, no Morumbi, pela 14ª rodada do Campeonato Brasileiro.

Com a absolvição, o lateral está liberado para jogar contra o Santos no fim de semana. Porém, antes disso, o São Paulo enfrenta o Ceará pelo jogo de volta da Copa Sul-Americana, nesta quarta-feira, dia 24, no Morumbi. No primeiro confronto, em Fortaleza, o time de Adílson Batista permitiu a virada, depois de abrir o placar com Rivaldo, e perdeu por 2 a 1.

Presente à sessão, o advogado do São Paulo, Roberto Armelin, afirmou que o atacante adversário Jobson valorizou um pouco o lance. Ele disse que o primeiro cartão amarelo poderia não ter acontecido, porque foi uma jogada normal. "O São Paulo ficou quase o jogo inteiro sem o atleta, ele é primário e acostumado a jogar em outro país". Armelin disse ainda que a imagem mostrou que não houve o calço e pediu a absolvição do jogador, ou no máximo a pena de advertência.



Na votação, todos os auditores votaram pela absolvição, à exceção do presidente da comissão, que entendia que Piris deveria ser suspenso por uma partida, decisão esta que também não o tiraria do clássico, já que a automática, já cumprida pelo lateral, é levada em conta.

Entenda o caso:

O motivo da expulsão do paraguaio foi em função do segundo cartão amarelo por calçar o atacante Jobson, aos 11 minutos do segundo tempo. Com base no relato feito pelo árbitro Márcio Chagas da Silva na súmula, a Procuradoria denunciou Piris no artigo 254 (praticar jogada violenta) do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD), com pena que varia entre uma e seis partida de suspensão.