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Diretor vê "sãopaulinismo" em Henrique e se diz próximo de acordo


Henrique voltou da Colômbia no domingo como campeão, artilheiro e craque do Mundial sub-20 dizendo que nem conversaria mais com o São Paulo. Entendia que seu contrato é inválido e que jogaria em um clube no qual tivesse mais chances. O discurso, porém, foi mudando de tom nos dois dias seguintes até que, em reuniões com a diretoria, se afirmou tão são-paulino que o clube já vê o acordo como certo.

"Essas declarações no calor da emoção, às vezes, não expressam o sentimento verdadeiro. Vejo no Henrique um sãopaulinismo muito grande, um orgulho por ser formado no São Paulo e a vontade de permanecer", informou o diretor de futebol Adalberto Batista, prevendo a paz selada entre as partes "nas próximas horas ou dias" - a ideia é fazê-lo, ao menos, cumprir mais dois anos de contrato.




O clube também não é mais tão firme publicamente em relação ao atacante. Até admite ter errado na conduta das negociações. "O São Paulo faz seu mea-culpa. O Henrique tinha uma situação contratual defasada e demoramos no acerto para que já estivesse tudo resolvido e a declaração não seria feito da forma que foi", disse Batista, que não conseguiu falar com Henrique para lhe dar parabéns e evitar as declarações ainda no sábado, dia da final do Mundial.

Após o sucesso na seleção sub-20, Henrique alegou que seu contrato, embora registrado na CBF com validade até 20 de julho de 2013, já não é mais válido porque ele o assinou aos 16 anos em 2008 e, em sua interpretação, a Fifa impede que um atleta menor de idade firme vínculo por mais de três anos. O jogador ainda reclamou de seu salário, inferior mesmo em relação a colegas da mesma geração como Casemiro, e da falta de chances no time principal.

A diretoria alega que só não pode resolver a última questão. "Ele acha que não teve muitas oportunidades, mas não temos muito que fazer. Se ele vier e não for aproveitado pela comissão técnica, vamos emprestá-lo ou negociá-lo para que demonstre o seu futebol", falou Adalberto, que se apoia nas informações do departamento jurídico para garantir a validade do contrato, já que o jogador foi emancipado e, na visão do clube, firmou vínculo como maior de idade.

"Talvez instruído a falar, o jogador não expressa o que sente e trata de um assunto jurídico que não tem condições de expressar em uma hora inapropriada e causa um incômodo diferente do que quer. A manifestação direta do Henrique conosco é de que quer jogar, vestir a camisa e vencer no São Paulo. Como queremos valorizá-lo, tem tudo para um acordo", projetou, prometendo um aumento.



"Montamos um plano de carreira para todos os jovens que formamos em Cotia. Há uma escada de acréscimo na remuneração conforme algumas metas e status que vão atingindo. O Henrique, como melhor jogador do Mundial sub-20, será valorizado, mas sem fugirmos da política que estabelecemos", ponderou, sem imaginar ainda que Henrique, apesar de também ter Giuliano Bertolucci como empresário, possa repetir Oscar, hoje no Inter, e forçar sua saída na Justiça.

Henrique ainda não apareceu para treinar no CCT da Barra Funda desde o Mundial sub-20. Sem estar inscrito na Copa Sul-americana, assim como Willian José, o atacante e seu companheiro na seleção não têm condições de enfrentar o Ceará e, por isso, ganharam folga até quinta-feira.

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