Ele já jogou pelos principais clubes do Brasil, foi artilheiro e levantou muitas taças. Não faltam títulos na carreira de Müller e, em um bate-papo, o ex-jogador relembrou momentos marcantes dentro de campo e revelou sua identificação com o São Paulo (assista ao vídeo ao lado).

- Eu comecei lá em 1984, foi o clube que me projetou para o futebol nacional e para a Seleção Brasileira. Joguei por 10 anos no São Paulo, então é minha identificação. Ganhei mais de 15 títulos pelo clube então, todo esse somatório de situações boas me fazem me identificar mais com o São Paulo - afirmou.

Müller chegou ao Tricolor Paulista em 1984, mas foi no ano seguinte que ele passou a ter destaque. No período em que vestiu a camisa 7 tornou-se o quinto maior artilheiro da história do clube, com 158 gols e ostentou, por algum tempo, uma invencibilidade em finais de campeonato que só foi quebrada com a derrota na decisão da Libertadores de 1994. Pelo time paulista, Müller foi campeão brasileiro em 1986 e em 1991, bicampeão da Libertadores em 1992 e 1993, jogo inesquecível para o comentarista do SporTV.

- Naquele ano nos tornamos bicampeões da Libertadores e nós fizemos a final contra o Universidad Católica. No Morumbi nós ganhamos de 5 a 1 e naquele jogo eu fiz um golaço. O gol foi um lançamento do Palinha que o zagueiro tirou de cabeça. Quando ele tirou de cabeça jogou (a bola) no meu pé. O goleiro também tinha saído e parado no meio do caminho, e aí eu bati de primeira, de esquerda. Para mim foi um golaço - relembrou.

Fora do Brasil, Müller teve uma passagem de destaque no futebol italiano, de 1988 a 1991 onde jogou pelo Torino e Perugia Calcio, e também atuou no futebol japonês, pelo Kashiwa Reysol.
Além do São Paulo, o ex-jogador também defendeu o Palmeiras, onde conquistou o Campeonato Paulista de 1996 e formou com Rivaldo, Djalminha e Luizão o "Ataque dos 100 gols".

Seus últimos títulos antes de se aposentar foram com o Cruzeiro na Copa do Brasil em 2000 e a Copa Sul-Minas do ano seguinte. Em 2004, o jogador deixou os gramados e investiu em uma carreira como treinador, sem muita sorte. Além disso, Müller também passou por momentos delicados e chegou a afirmar que havia perdido todo seu patrimônio.

- O momento que eu tive de errar era aquele momento que eu tive que passar. Tem um ditado no futebol que diz que o difícil não é subir, o difícil é se manter lá em cima, e me manter lá em cima por 20 anos é um privilégio muito grande. E as pessoas me perguntam, se eu tenho saudades da bola, mas eu digo não tenho saudades, eu tenho boas lembranças - disse.