Mais do que pelo apelido de "Prof. Pardal", Adilson e Carpegiani se assemelham nas reclamações sobre constantes desfalques
Fernando Dantas/Gazeta Press

Adilson Batista e Paulo César Carpegiani têm um apelido em comum: ambos são chamados de "Professor Pardal", pelas constantes modificações e improvisações em suas equipes. No entanto, a maior reclamação dos dois treinadores que dirigiram o São Paulo neste Brasileirão é por causa da impossibilidade de repetir a equipe em função de lesões, convocações e suspensões.
Antes mesmo das três derrotas consecutivas que causaram sua demissão, Carpegiani já lamentava o grande número de desfalques. O treinador conseguiu manter o time embalado nas cinco primeiras rodadas e ainda assim reclamava pela falta de "continuidade". Curiosamente, foi demitido quando Lucas estava com a seleção brasileira para disputar a Copa América.
O substituto Adilson Batista dirigiu o Tricolor em oito partidas e apenas nas duas primeiras, contra Atlético-GO e Coritiba, conseguiu escalar a mesma equipe de forma consecutiva. Depois de dois empates consecutivos, ante Atlético-PR e América-MG, que custaram a oportunidade de assumir a liderança, ele praticamente repetiu o velho discurso do antecessor.
"Desperdiçamos pontos importantes e lamentamos os resultados, mas são circunstâncias, ausências, mudanças, pouco tempo entre um jogo e outro. No jogo anterior a gente vinha de um compromisso com o Ceará, houve desgaste e tivemos um tempo menor de recuperação. São coisas que a gente sabe o por quê, mas temos que trabalhar para não desperdiçar pontos importantes", comentou o treinador, que terá oito desfalques para a próxima rodada.
Domingo, o Tricolor enfrenta o Palmeiras, no Morumbi, e não contará com Lucas (suspenso), Luiz Eduardo, Denilson (lesionados) Willian José, Casemiro, Henrique e Bruno Uvini (seleção sub-20). Além disso, Luis Fabiano segue sem condições de jogo após se submeter a cirurgias no joelho.