Em quatro jogos como mandante com Adilson Batista no comando, o São Paulo teve seus três melhores públicos no Morumbi. Em nenhum destes compromissos, porém, o técnico conseguiu evitar as vaias, mesmo na vitória por 3 a 0 sobre o Bahia, sua única como anfitrião no Tricolor, quando o time entrou em campo já ouvindo protestos. Mas ele não vê contestações a seu trabalho.
"O pessoal vaia e acham que é para mim, mas não entendo assim. Entro e me aplaudem, incentivam, gritam meu nome", argumentou o treinador, que prefere somente dizer "obrigado" aos são-paulinos que têm aparecido. "Agradeço a presença dos torcedores. É importante o apoio deles sempre."
O incentivo, entretanto, não tem sido a marca de boa parte da torcida no estádio. Nesse sábado, o Morumbi teve novo público recorde pelo Brasileiro no empate por 2 a 2 com o Atlético-PR. E a maioria dos 23.650 pagantes vaiou bastante, mesmo com o gol de Rivaldo aos 45 minutos do segundo tempo para evitar a derrota.
O mesmo foi feito pela maior parte dos 23.487 torcedores que adquiriram ingresso para acompanhar a derrota por 2 a 0 para o Vasco e dos 23.487 que gastaram para assistir a outro 2 a 2, com o Atlético-GO, na estreia de Adilson. Contra o Bahia, 11.265 foram ao estádio, com alguns vaiando o Tricolor já em sua entrada no campo.
Apesar das cobranças, o treinador não acredita que haja desconfiança por conta de seus três últimos trabalhos - em menos de um ano, deixou Corinthians, Santos e Atlético-PR por conta de maus resultados. O ex-zagueiro, incomodado com a lembrança, prefere ressaltar tudo o que já fez na carreira.
"O meu passado é de uma história bonita no futebol. Foram somente duas ou três situações, que acabam servindo de aprendizado e enriquecem a grandeza da gente", apontou Adilson, que conquistou títulos históricos como jogador por Grêmio e Corinthians e comandou com sucesso o Cruzeiro entre 2008 e 2010.
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