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Times de massa na ponta e craques consagrados não fazem Brasileirão emplacar em público

Corinthians e Flamengo vão bem no campo, mas não puxam média de espectadores

Mesmo com astros como Ronaldinho, público do Brasileirão de 2011 não engrenou

O Brasileirão de 2011 não caiu no gosto dos torcedores. Nem com os times de maior torcida na ponta da tabela o público sente vontade de ir ao estádio. Recheado de craques, o Nacional deste ano amarga a pior média de torcida por jogo dos últimos cinco anos.
Segundo dados do site da CBF, apenas 13.060 pessoas assistem, em média, jogos nos estádios em 2011. No ano passado, quando estrelas como Ronaldinho Gaúcho, Thiago Neves, Adriano, Liedson, entre outros craques, estavam fora do país, a média foi de 14.800, mais de 1.700 pagantes a mais.

A média de 2011 só fica na frente das temporadas de 2003 (10.468 pagantes), a primeira dos pontos corridos, de 2004 (7.556), que teve a pior da história dos pontos corridos, e de 2006 (12.300). O ano mais rentável para os clubes da Série A foi 2009, que teve o Fluminense como campeão, quando 17.807, em média, foram assistir aos jogos nos estádios.

Agora, seria lógico que as torcidas estivessem comparecendo mais, afinal, os times que dividem a maior fatia dos torcedores no Brasil estão na ponta do campeonato. Pesquisa realizada pelo Datafolha em 2010, a mais recente, mostrou que o Corinthians, líder do Brasileirão, está empatado tecnicamente com o Flamengo em primeiro lugar na preferência dos torcedores. O Rubro-Negro, segundo colocado no Nacional, é o time do coração de 17% da população do país. O Alvinegro paulista conta com o apoio de 14%.

De acordo com a mesma pesquisa do Datafolha no ano passado, os cinco primeiros times que ocupam a tabela do Campeonato Brasileiro neste momento possuem, juntos, 49% de da preferência dos entrevistados. O São Paulo, terceiro colocado, tem 8%. O Vasco, quarto, tem 4%, enquanto o Palmeiras, quinto, tem 6%.

O Timão até consegui manter boa audiência no estádio, semelhante ao que aconteceu no ano passado, quando o clube completou um século de vida. Em 2010, 27.446 pessoas, em média, compareceram às partidas da equipe. Em 2011, esse número está em 27.140, a melhor da Série A. O time continuou jogando no Pacaembu, ou seja, manteve a torcida no mesmo lugar, ao contrário de equipes de Minas, que perderam o Mineirão, e do Rio de Janeiro.

Tanto é que o Flamengo viu seus torcedores “fugirem” do estádio depois que o Maracanã foi fechado para reformas, em agosto de 2010. Em 2009, o Rubro-Negro teve disparado a melhor média de público, com 40.036 pessoas por jogo. Em 2010, caiu para 18.945. Em 2011, depois das contratações de Ronaldinho Gaúcho e Thiago Neves, a média no estádio Engenhão melhorou e subiu para 20.040, a terceira melhor.

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Para o diretor de futebol do clube carioca, Michel Levy, sem o Maracanã o Flamengo perde mesmo boa parte da força da torcida. Não há ídolo que salve.

- Com certeza a média de público está assim por causa disso [fechamento do Maracanã]. Infelizmente não tem o que ser feito. Mas não dá parta lamentar muito, estamos na preparação para uma Copa do Mundo, que é um evento maior. Tem de ter uma cota de sacrifício de cada um.

O diretor de arrecadação do Flamengo, Eduardo Moraes, afirma que o clube ainda está se acostumando ao Engenhão.

- Com o Engenhão não tem mais aquele negócio do Carioca de decidir em cima da hora e ir ao jogo. O cara está na praia e decide ir. Acabou isso. Não tem onde parar o carro no Engenhão, é complicado o acesso. Isso afasta o torcedor do Flamengo. O melhor jogo para nós é o de sábado, 18h30. É onde a torcida vai ao Engenhão, comparece mesmo. Estamos aprendendo isso.

O São Paulo é terceiro colocado tanto no Brasileiro quanto no ranking de torcidas, com 8%, e manteve sua média de público – por volta de 14 mil espectadores.

Já o Palmeiras, quinto colocado no Nacional, tem a quarta maior torcida do Brasil, com 6% da preferência. O Alviverde é um caso raro de clube que perdeu o estádio, já que a Arena Palestra passa por reformas, e aumentou a média de público em relação ao ano passado. A equipe tem dividido os jogos entre o Pacaembu, que comporta até 37 mil torcedores, e o Canindé, que lota com 20 mil.
O vice-presidente do Verdão, Roberto Frizzo, afirma que a boa fase do time e o retorno de alguns ídolos fizeram a torcida comparecer mais.
- Eu acho que são os resultados. Temos uma boa campanha, com cerca de 80% de aproveitamento no ano. E também contamos com alguns ídolos, que contribuem para a boa fase do time e também levam torcedores ao estádio.

Segundo Frizzo, o Pacaembu, que tem aluguel mais caro, só será usado em casos pontuais.

- Uma das razões para usarmos o Canindé é que também é um estádio de fácil acesso, próximo ao Metrô. O Pacaembu será usado estrategicamente, em casos específicos.

O Vasco, mesmo em boa fase no Brasileiro e depois do título da Copa do Brasil, é exceção. Continua jogando em São Januário, mas tem apenas a 11ª média de público do campeonato, com 12.501 torcedores. O Bahia vive situação inversa. Mesmo em 13º no Nacional, conta com o segundo maior apoio no Brasil, com 23.497 pessoas por jogo.

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