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Em agosto de 2010, recém-promovido da base para o time principal do São Paulo, Lucas era um jogador desconhecido. No entanto, com apenas um ano como atleta profissional, ele se firmou como um dos melhores jogadores do Brasil.

Neste domingo, contra o Avaí, Lucas completa seu 47º jogo com a camisa Tricolor. A carreira do craque no time principal começou no dia 8 de agosto. Na época chamado de Marcelinho, Lucas estreou pelo São Paulo durante empate contra o Atlético-PR, na Arena da Baixada.

Nesta segunda-feira, exatamente um ano depois do primeiro jogo como profissional, ele estará em Stuttgart treinando com a seleção brasileira para amistoso contra a Alemanha.

Dono de um futebol envolvente, cheio de dribles e com muita velocidade, Lucas precisou de poucos jogos para conquistar uma vaga no time titular do São Paulo. Em tempo recorde, virou ídolo da torcida e ganhou espaço na seleção.

Em entrevista ao DIÁRIO, a joia tricolor falou, entre outros assuntos, sobre sua ascensão meteórica no futebol e o assédio que está recebendo de grandes clubes da Europa.

DIÁRIO_ Como foram os dias que antecederam sua estreia no São Paulo e o jogo contra o Atlético-PR?
LUCAS_ Eu estava muito feliz por estar treinando com o time profissional. Porém, para falar a verdade, não esperava jogar aquela partida. Na época, o Milton Cruz trabalhava como técnico interino. Ao final do treino de sábado, meu pai já estava me esperando para voltar para casa, mas o Milton me chamou e falou que eu estava relacionado para o jogo. Nem sabia o que fazer na hora, de tanta alegria. Eu e meu pai choramos de alegria. Com relação ao jogo contra o Atlético-PR, entrei no finalzinho e, na única oportunidade, quase fiz um gol. Depois desse dia, fui para todos as partidas. Assim começou minha carreira no São Paulo.

Você esperava conquistar tantas coisas importantes em apenas um ano?
Para falar a verdade, eu não imaginava que as coisas aconteceriam de forma tão rápida assim na minha vida. Eu sempre tive muita fé e acreditei no meu talento, mas não esperava tudo isso: ser titular do São Paulo, ganhar título na seleção sub-20, ir para a seleção principal e disputar a Copa América em menos de um ano. Realmente foi tudo muito rápido. Só tenho de agradecer a Deus todos os dias.

Com apenas 18 anos, como você faz para não ficar deslumbrado com o sucesso?
Eu devo tudo à minha família, à criação que recebi de meu pai e minha mãe, duas pessoas maravilhosas. Eles sempre conversam bastante e não deixam eu desviar do caminho certo. Tenho de manter isso. Tudo o que conquistei foi assim, sendo humilde e respeitando as pessoas. Não tenho motivo para mudar. Temos de trabalhar bastante e dar valor para as coisas que conquistamos na vida.

Qual foi o momento mais marcante de sua carreira?
Eu tive vários momentos marcantes. Na seleção sub-20, fui campeão sul-americano e marquei três gols na final contra o Uruguai. No São Paulo, também houve episódios inesquecíveis, como o gol contra o Palmeiras no Pacaembu. Na seleção, sem dúvida, foi a convocação para a Copa América.


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Você ficou balançado com o recente assédio de grandes clubes internacionais, como Inter de Milão e Roma?
Fico muito feliz em saber do interesse de grandes equipes da Europa. Isso mostra que meu trabalho está sendo bem feito, mas me sinto satisfeito no São Paulo e não é o momento de sair. Claro que todo jogador sonha em atuar em um grande clube como a Inter de Milão, mas ainda tenho muito para aprender aqui. Quero crescer no São Paulo antes de buscar uma vida lá fora.


Lucas no sorteio da copa

Foi legal vestir um terno e participar do sorteio das Eliminatórias da Copa?
Foi complicado usar um terno, enfrentar a plateia, os microfones e as câmeras, ainda mais eu que sou muito tímido e estou acostumado com chuteira e meião. De qualquer forma, foi um momento importante. Estava ao lado de grandes jogadores da atualidade e outros que já fizeram muito pelo país.

Falando em Copa, você já se imagina vestindo a camisa da seleção em 2014?
Claro, sonho todos os dias em fazer parte do grupo, disputar essa Copa no meu país e conquistar o hexacampeonato. Eu trabalho bastante todos os dias pensando nisso.

Você já preparou alguma festa para celebrar o aniversário de seu primeiro jogo pelo São Paulo?
Ainda não marquei nada, mas acho que vou combinar um churrasco com meu pai. Adoro churrasco e devo convidar os amigos e a família para comemorar essa data importante.

Como você imagina estar em agosto de 2012?
Tenho bastante tempo até lá. Mas espero conquistar um título no São Paulo, levar o time de volta à Libertadores e estar presente nas convocações da seleção.