Por mais que tente não polemizar nas declarações sobre o ex-técnico são-paulino, Paulo César Carpegiani, seu desafeto público, Rivaldo, inteligente, não perde a oportunidade de cutucá-lo. E o camisa 10, de fato, tem razão em suas explicações. Afinal, nos 18 jogos sob o comando do treinador, num total de 1.620 minutos possíveis, o meia jogou ‘apenas’ 654 minutos, algo que rende 40,37% do tempo possível em jogo.


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Agora titular do time do treinador interino Milton Cruz, o veterano meia curte a boa fase após a bela exibição contra o Cruzeiro, anteontem, quando foi fundamental para a vitória por 2 a 1, tendo participado dos dois gols. E mostra por meio dos números e estatísticas que poderia ter sido escalado com mais frequência.

“Não me escalar às vezes era uma coisa dele (Carpegiani), de não ter confiança num jogador de 39 anos. Foi preferência. Mas sempre tive confiança no meu futebol. Necessito de sequência de jogos para me entrosar mais com os companheiros. Entrar poucos minutos sempre é complicado para um jogador. Com dois ou três jogos seguidos é totalmente diferente de entrar só cinco minutos”, cutucou Rivaldo, contrário à posição do ex-treinador.



E os números não mentem. No São Paulo desde janeiro, o camisa 10 estreou contra o Linense, no Paulistão, no dia 3 de fevereiro. Na ocasião, foi o nome do jogo e, com um belo gol, ajudou o time a vencer por 3 a 2. Naquela partida, Rivaldo jogou os 90 minutos. Mas, depois, começou a sina e nunca mais foi usado durante os 90 minutos de um jogo da equipe.

Depois de ser substituído contra Botafogo e Portuguesa, dai para frente, Rivaldo passou a entrar somente no final dos jogos, com raras exceções.

Assim foi contra o Corinthians (jogou 4min), Santa Cruz (foi titular), Mirassol (20min), Noroeste (foi titular), Oeste (foi titular), Goiás (24 min), Goiás (11min), Santos (21min), Avaí (26min), Fluminense (6min), Figueirense (45min), Ceará (4 min), Botafogo (37min) e Flamengo (33min). Por fim, contra o Cruzeiro, sem Carpegiani, jogou 89min e, agora, terá a chance de provar que pode ser titular.