São Paulo - O São Paulo tentou correr atrás do prejuízo no caso da renovação do atacante Dagoberto, mas a primeira, de muitas rejeições, já aconteceu por parte do jogador e de seu empresário, Marcos Malaquias. Após enviar uma proposta oficial para o agente com o intuito de renovar o vínculo do camisa 25 por mais três anos, os cartolas ouviram um ‘não’ como resposta e, dessa forma, o caso continua muito difícil.

“Recebemos a proposta, mas não tem como aceitá-la. Falta bastante para chegar no que o atleta quer e, assim, não haverá sequer contraproposta. De qualquer forma, vou para São Paulo na próxima semana ouvir o que eles (dirigentes são-paulinos) têm para me dizer”, ressaltou Marcos Malaquias.

A palavra do agente deixa claro o que a reportagem do MARCA BRASIL tem noticiado desde o início de junho, que o camisa 25 deseja um contrato longo, de cerca de cinco anos, e com um generoso aumento salarial. Hoje, Dagoberto recebe aproximadamente R$ 180 mil por mês e, para ficar, quer algo em torno dos R$ 300 mil.

A pedida do camisa 25 parece ser surreal, mas, de fato, o jogador tem motivos para pleitear este salário. Afinal, além de ter sido o artilheiro do time na última temporada, com 15 gols, e o segundo maior assistente (com nove passes para gols), atrás apenas do ex-são-paulino Jorge Wagner, Dagoberto tem seguido os mesmos passos. Até aqui, em apenas seis meses do ano, já foram 14 gols e dez assistências, o que o credenciam como líder nos dois quesitos dentro do grupo.

Contudo, a diretoria não aceita pagar o valor pedido e seguirá negociando. Com contrato até abril de 2012, o atleta poderá, a partir de novembro, assinar um pré-contrato para sair no ano que vem sem render nenhum centavo ao clube. Assim, Dagoberto, que tem propostas do exterior, vai continuar dando de ombros enquanto não alcançar seus desejos.