Foto Eduardo Viana
Alvo da disputa e razão do aumento da rivalidade entre Flamengo e São Paulo, a polêmica Taça das Bolinhas, oficialmente denominada Copa Brasil, repousa no Morumbi desde fevereiro. Mas o clube rubro-negro busca não só na Justiça, mas também no criador do troféu uma maneira de tê-lo em definitivo em sua galeria.
Criador da Taça das Bolinhas, o escultor Maurício Salgueiro revelou que foi procurado por um diretor do clube carioca sobre a possibilidade de fabricar uma taça igual à que está hoje com o São Paulo. O clube já possui outras cinco réplicas menores, dadas aos campeões de cada ano. A resposta foi positiva, mas esbarrou em um porém.
– O Flamengo está querendo fazer outra. Acho justo. O clube tem direito, foi campeão nacional. Dá uma taça para cada um. Mas os direitos autorais são da CBF. Se a CBF autorizar, terei o maior prazer em fazer uma para o Flamengo. O São Paulo fica com a outra. Eu disse ao diretor do Flamengo que faria outra sem problemas – disse Maurício Salgueiro.
Em junho, a entidade revogou o título de 87 do Flamengo e, respeitando decisão da Justiça de Pernambuco, voltou a reconhecer o Sport com único campeão. A briga continua nos tribunais e o São Paulo conseguiu, no último dia 28 de junho, cassar uma liminar conseguida pelo Flamengo na Justiça do Rio e manter a taça no Morumbi.
Aos 80 anos, o botafoguense Maurício Salgueiro tem em uma estante de seu ateliê, no Rio, uma réplica pequena da taça, ao lado do projeto original e de uma foto de Zico com a original, em 1987. E brinca ao ser perguntado sobre quem deveria ficar com o troféu.
– Deveriam ser três. Para Flamengo, São Paulo e um para o meu Botafogo – brincou Maurício.
Fla vai à Fifa por reconhecimento de título de 87; São Paulo aguarda
Ao passo que entrou em contato com o criador da Taça das Bolinhas, o Flamengo busca meios para ter de novo o seu título de 87. Procurador-geral do clube, Rafael De Piro viajou à Suíça para levar o caso à Fifa, buscar o reconhecimento da conquista e informar que o Sport infringiu a regulamentação da entidade ao acionar a Justiça Comum no episódio. De quebra, poderia ter mais um forte argumento pela Taça das Bolinhas.
– O Flamengo disse que, de acordo com a legislação da CBF, eles têm direito a fazer uma taça maior, já que possuem uma réplica pequena – disse Maurício Salgueiro, criador da taça.
Rafael De Piro não foi encontrado para comentar o assunto e retorna hoje ao Brasil. Detentor do troféu, o São Paulo sabe da briga judicial, mas não se assusta.
– Há conflito de competência com decisões em São Paulo, Recife e Rio. Quem pode decidir onde tudo será canalizado é o Supremo Tribunal Federal, em Brasília. A discussão deixou de ser prioritária – disse Carlos Miguel Aidar, advogado do Tricolor e presidente do clube em 87.
Com a palavra, Maurício Salgueiro, artista criador da Taça das Bolinhas: 'Tanto Flamengo quanto São Paulo merecem a taça'
Em 1975, a CBF resolveu sair um pouco daquela linha de taça tradicional, comprada em loja. Em convênio com a Caixa Econômica Federal, houve uma concorrência por convite. Foram convidados os dez escultores que estavam em evidência na época e eu fui um deles. Nós então entramos na concorrência. Com as esferas, desenvolvi os espaços e respeitei a forma da taça.
Ao longo do campeonato, apresentam-se as equipes mais aptas ao título e isto é representado através do aumento do volume das esferas. Acima, fica a esfera dourada, do vencedor. Gosto do nome Taça das Bolinhas. A voz do povo é a voz de Deus. Tanto Flamengo, um clube mágico, quanto São Paulo, organizado, a merecem.
Alvo da disputa e razão do aumento da rivalidade entre Flamengo e São Paulo, a polêmica Taça das Bolinhas, oficialmente denominada Copa Brasil, repousa no Morumbi desde fevereiro. Mas o clube rubro-negro busca não só na Justiça, mas também no criador do troféu uma maneira de tê-lo em definitivo em sua galeria.
Criador da Taça das Bolinhas, o escultor Maurício Salgueiro revelou que foi procurado por um diretor do clube carioca sobre a possibilidade de fabricar uma taça igual à que está hoje com o São Paulo. O clube já possui outras cinco réplicas menores, dadas aos campeões de cada ano. A resposta foi positiva, mas esbarrou em um porém.
– O Flamengo está querendo fazer outra. Acho justo. O clube tem direito, foi campeão nacional. Dá uma taça para cada um. Mas os direitos autorais são da CBF. Se a CBF autorizar, terei o maior prazer em fazer uma para o Flamengo. O São Paulo fica com a outra. Eu disse ao diretor do Flamengo que faria outra sem problemas – disse Maurício Salgueiro.
Em junho, a entidade revogou o título de 87 do Flamengo e, respeitando decisão da Justiça de Pernambuco, voltou a reconhecer o Sport com único campeão. A briga continua nos tribunais e o São Paulo conseguiu, no último dia 28 de junho, cassar uma liminar conseguida pelo Flamengo na Justiça do Rio e manter a taça no Morumbi.
Aos 80 anos, o botafoguense Maurício Salgueiro tem em uma estante de seu ateliê, no Rio, uma réplica pequena da taça, ao lado do projeto original e de uma foto de Zico com a original, em 1987. E brinca ao ser perguntado sobre quem deveria ficar com o troféu.
– Deveriam ser três. Para Flamengo, São Paulo e um para o meu Botafogo – brincou Maurício.
Fla vai à Fifa por reconhecimento de título de 87; São Paulo aguarda
Ao passo que entrou em contato com o criador da Taça das Bolinhas, o Flamengo busca meios para ter de novo o seu título de 87. Procurador-geral do clube, Rafael De Piro viajou à Suíça para levar o caso à Fifa, buscar o reconhecimento da conquista e informar que o Sport infringiu a regulamentação da entidade ao acionar a Justiça Comum no episódio. De quebra, poderia ter mais um forte argumento pela Taça das Bolinhas.
– O Flamengo disse que, de acordo com a legislação da CBF, eles têm direito a fazer uma taça maior, já que possuem uma réplica pequena – disse Maurício Salgueiro, criador da taça.
Rafael De Piro não foi encontrado para comentar o assunto e retorna hoje ao Brasil. Detentor do troféu, o São Paulo sabe da briga judicial, mas não se assusta.
– Há conflito de competência com decisões em São Paulo, Recife e Rio. Quem pode decidir onde tudo será canalizado é o Supremo Tribunal Federal, em Brasília. A discussão deixou de ser prioritária – disse Carlos Miguel Aidar, advogado do Tricolor e presidente do clube em 87.
Com a palavra, Maurício Salgueiro, artista criador da Taça das Bolinhas: 'Tanto Flamengo quanto São Paulo merecem a taça'
Em 1975, a CBF resolveu sair um pouco daquela linha de taça tradicional, comprada em loja. Em convênio com a Caixa Econômica Federal, houve uma concorrência por convite. Foram convidados os dez escultores que estavam em evidência na época e eu fui um deles. Nós então entramos na concorrência. Com as esferas, desenvolvi os espaços e respeitei a forma da taça.
Ao longo do campeonato, apresentam-se as equipes mais aptas ao título e isto é representado através do aumento do volume das esferas. Acima, fica a esfera dourada, do vencedor. Gosto do nome Taça das Bolinhas. A voz do povo é a voz de Deus. Tanto Flamengo, um clube mágico, quanto São Paulo, organizado, a merecem.
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