Wellington, "ladrão" são-paulino, posa para o L! antes do clássico (Foto: Eduardo Viana)

Com tudo dando certo para o São Paulo no Brasileirão, alguém neste time iria ter que fazer o que chamamos de serviço "sujo". E Wellington sabe fazer isso. Enquanto Lucas, Dagoberto & Cia pintam e bordam no ataque, é o camisa 28 que toma conta do meio de campo e se destaca como o ladrão de bolas Tricolor. São quase cinco desarmes por jogo. No Majestoso de amanhã, o volante ficará frente a frente com um adversário ferrenho no fundamento. Trata-se de Ralf, o Cão de Guarda alvinegro.

– Procuro entrar bem atento, roubar o máximo de bolas e passar rápido para os atacantes fazerem os gols. Vai ser um grande jogo e o Ralf é um belo jogador, é um grande volante – disse Wellington ao LANCENET!.

Desde que entrou no time, ainda na primeira rodada do Brasileirão, o aproveitamento da equipe melhorou no quesito. Na Copa do Brasil, competição anterior ao nacional, o time tinha uma média de 16 desarmes por jogo. Agora, com o volante como titular, subiu para 20.

Apesar das semelhanças com Ralf na hora de roubar bolas, Wellington diz ser um pouco diferente do rival em campo.

– Tenho características diferentes dele. Tenho saída para o jogo mais rápida. Por eu ser menor, acabo tendo mais velocidade - afirmou.

Além do dom da marcação, os dois rivais têm em comum os lugares onde cresceram. Ambos são da Zona Sul de São Paulo. Mais precisamente da região do Grajaú.

– Nas minhas férias eu pude saber que ele era ali de perto da onde eu cresci. Mas nunca tive oportunidade falar com ele – contou.

Agora, para triunfar no Majestoso, o Sampa conta com o seu "ladrão" em campo. Com a bola, os corintianos que se cuidem...

Confira um Bate-bola com Wellington:

LANCENET!: Como vê o seu desempenho nos desarmes e esse duelo com Ralf?
WELLINGTON: Procuro entrar bem atento, roubar o máximo de bolas e passar rapidamente para os atacantes fazerem os gols. Não será Wellington contra Ralf, mas sim São Paulo e Corinthians. Mas, claro, um clássico com muitos desarmes.

L!: Uma vitória amanhã confirmará ainda mais a boa fase da equipe?
W: Com certeza. Ganhar um clássico é sempre muito bom. A confiança vai ficar ainda mais elevada. Temos de entrar todos ainda mais concentrados, só assim vamos conseguir mais esses três pontos.

L!: Há alguém para marcar individualmente? Quem mais preocupa?
W: Não sei o que o treinador está pensando em fazer, mas o que ele optar, estarei preparado. Vou fazer um bom papel dentro de campo. O Corinthians tem grandes jogadores, um elenco muito bom. Claro que tem o Liedson, que é um cara experiente, rodado e sabe fazer gols. Temos de ficar ligados, com uma atenção em especial nele.

L!: Uma derrota domingo tiraria o Bonde do Moleques Zica do trilho?
W: No futebol, empates e derrotas acontecem. Se vier a derrota, será normal, mas, com certeza, vamos em busca do resultado. O torcedor pode ficar tranquilo que vamos brigar, eles têm o direito de ir ao estádio aplaudir, cobrar, como qualquer um. Estamos bem, somos líderes e vamos marcar bem fortes.

Passagem pelo Corinthians: Estrutura pesou

Quem vê Wellington taxado como grande revelação das categorias de base do São Paulo não imagina que o volante já esteve no lado do rival. Antes de chegar no infantil do Tricolor, foram quatro anos na base do Timão.

– São clubes que têm políticas muito diferentes. As estruturas também. Na minha época, a estrutura do Corinthians não era tão boa se comparando com a de Cotia, por isso acabei optando por vir para cá – justificou o camisa 28.