Em abril, Luiz Felipe Scolari sugeriu à diretoria que o Palmeiras mandasse o clássico contra o Corinthians, válido pela semifinal do Campeonato Paulista, no Morumbi. O estádio do São Paulo também foi cogitado para receber a grande final da Libertadores, entre Santos e Peñarol, na última quarta-feira. Os dois jogos, no entanto, aconteceram no Pacaembu.



Para o vice-presidente de futebol do Tricolor, João Paulo de Jesus Lopes, as condições oferecidas aos locatários da casa são-paulina não são problema. Para ele, o Morumbi está vetado por forças maiores.

"O que se diz é que um alto dirigente de uma federação local informa a quem quer jogar no Morumbi que um outro alto dirigente não permite que isso aconteça", declarou Jesus Lopes.

Mesmo sem citar nomes, o dirigente deixou claro que se refere a Marco Polo Del Nero, presidente da Federação Paulista, e Ricardo Teixeira, dirigente máximo da CBF. Ambos não têm boa relação com Juvenal Juvêncio, mandatário do São Paulo, que ainda espera ver o estádio tricolor sediando a abertura da Copa do Mundo de 2014, o que não deve acontecer.

O Morumbi não recebe grandes jogos sem o São Paulo como mandante desde que a diretoria tricolor entrou em atrito com Andrés Sanchez, presidente do Corinthians, ao resolver ceder apenas 10% da carga de ingressos aos torcedores visitantes, inclusive em clássicos, no início de 2009. Desde então, o Timão se recusa a alugar o local para mandar seus jogos.

De lá para cá, o estádio também deixou de receber jogos envolvendo Santos e Palmeiras. O Peixe, quando joga na capital paulista, invariavelmente opta pelo Pacaembu. Já o Verdão, que está reformando o Palestra Itália, já fez um revezamento entre o Estádio Municipal, o Canindé, a Arena Barueri e o interior.

"O São Paulo tem ótima relação com as diretorias do Palmeiras e do Santos. Não estamos nessa briga. Nós julgamos que o Morumbi é o estádio da cidade e, se alguém quiser jogar lá, está à disposição", completou Jesus Lopes.