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Paulo César Carpegiani foi e voltou sem ter ido. Depois da eliminação para o Avaí na Copa do Brasil, o presidente do São Paulo, Juvenal Juvêncio, chegou a admitir que o clube buscava um novo treinador. Mas a diretoria tricolor mudou de ideia e manteve o ex-jogador no cargo. Passada a tormenta, o Tricolor lidera o Brasileirão, com 100% de aproveitamento nas cinco rodadas iniciais. A situação respinga mais ao sul do Brasil, em Paulo Roberto Falcão, atual técnico do Inter, companheiro de meio-campo de Carpegiani no timaço colorado dos anos 70.
Os dois são amigos. Conversam por telefone pelo menos uma vez por semana. Não é por acaso que Falcão, mesmo sem usar todas as letras, cita o caso de Carpegiani no São Paulo como exemplar. Ele também sabe o que é balançar no cargo.
- Tenho de parabenizar o Paulo, que passou por enorme dificuldade e novamente mostra competência. Minha relação com ele é extraordinária. Ele merece. É competente. Ele também estava preocupado lá atrás. E muito – disse Falcão.
Nove pontos distanciam os amigos na tabela de classificação do Campeonato Brasileiro. O Inter somou apenas seis. É o 12º colocado. Mas Falcão tem esperanças de crescimento. E avisa que o líder não conseguirá manter uma campanha tão perfeita.
- O São Paulo perderá jogadores (para as seleções principal e sub-20). E o Paulo tem consciência de que conquistar quinze pontos não é fácil. A tendência não é de seguir assim. É complicado manter isso. Evidente que é muito bom estar na frente, com quinze pontos, mas é cedo. Vamos ter uma visibilidade maior lá perto do fim do primeiro turno, talvez no início do segundo – comentou Falcão.
O ídolo colorado viveu (e ainda vive, embora com força menor) momentos de forte pressão. Esteve ameaçado de ficar na zona de rebaixamento, por exemplo, em caso de insucesso contra o América-MG – o Inter acabou vencendo por 4 a 2. Mas Falcão se defende, argumenta que o único resultado excepcional no Brasileirão foi a derrota em casa para o Ceará, cita pontos de evolução na equipe. E sempre ressalva que há problemas a serem driblados no Inter:
- A ideia sempre é de brigar pelas primeiras colocações. Esse é o objetivo de todos. No mínimo oitenta por cento dos times têm essa necessidade. Mas há várias dificuldades. Tem de dar jeito, dar alternativas. Isso é um fato. Não pode ser esquecido.
O Inter volta a campo no domingo. Às 16h, recebe o Figueirense no Beira-Rio. O São Paulo, nos mesmos dia e horário, tem clássico com o Corinthians.