São Paulo - O São Paulo, até aqui, tem os melhores números do Campeonato Brasileiro. Líder, invicto e com 100% de aproveitamento, o time de Paulo César Carpegiani também tem a melhor defesa e o terceiro melhor ataque, com sete gols marcados nos quatro primeiros jogos do torneio — ficando atrás apenas do Flamengo, com nove, e do Vasco, que marcou oito.

Contudo, ainda sem poder contar com o atacante Luis Fabiano, que se recupera de cirurgia no joelho e deve retornar apenas em agosto, o time vai tendo sucesso por ser solidário. Das sete vezes que balançou as redes rivais, apenas em uma ocasião um atacante marcou. Nas outras seis, jogadores de meio de campo foram os responsáveis por dar as vitórias.

A primeira impressão, no jogo de estreia do Tricolor, contra o Fluminense, no Rio de Janeiro, parecia que Dagoberto continuaria sendo a única esperança dos gols. No Rio, o camisa 25 abriu o placar. Porém, de lá para cá, só saíram gols de jogadores pouco acostumados a isso.

Na mesma partida, Lucas iniciou a série. Depois, no jogo seguinte, contra o Figueirense, o camisa 7 voltou a balançar a rede e fez o papel de atacante. Na terceira rodada, contra o Atlético-MG, a história continuou. O time só conquistou mais uma vitória pelos pés de Casemiro, jogador, até então, pouco acostumado aos gols.

“Isto (fazer os gols) não é uma obrigação só dos atacantes, mas também dos meias e dos laterais. Esse dado é importante num time, da um equilíbrio a mais e me parece que a equipe está um pouco mais calibrada do que estávamos antes”, explicou o técnico Paulo César Carpegiani, que viu na última partida, contra o Grêmio, mais uma vez os gols não saírem dos pés de atacantes: Casemiro, Marlos e Jean. Dessa forma, o time vai se mostrando solidário. Bom para a torcida e, principalmente, para o técnico.