Por Site Oficial/saopaulofc.net

Léo, Danilo e Fábio têm fontes de inspiração dentro dos seus próprios clubes para persistirem e acreditarem que ainda podem ser titulares sem ter de sair de casa.

Assim como eles, Rogério, Júlio César e Marcos também viveram fases de não ficar nem no banco, foram reservas e só depois de longos anos se firmaram nas metas de São Paulo, Corinthians e Palmeiras, respectivamente.

"É lógico que a gente pensa nos exemplos deles. Vida de goleiro é de paciência. Quando pequeno, você fala que quer chegar ao profissional para jogar. Mas não é simples assim", disse Danilo.

Cabe aos preparadores de goleiros motivar os atletas e criar atividades que façam com que eles tenham ritmo de jogo mesmo nunca participando de uma partida.

"Inventamos uns amistosos com a equipe B ou com os juniores para suprir essa ausência de jogos. Converso bastante com eles, falando que eles precisam se preparar porque de uma hora para outra tudo pode mudar", afirmou Carlos Pracidelli, que trabalha no Palmeiras.

E é por acreditarem nisso que Fábio, quarta opção palmeirense, e Léo, que deve virar o segundo reserva com a saída de Bosco no meio do ano, preferem ficar só treinando do que serem emprestados para times menores.

"Muitos preferem ficar aqui para aproveitar nossa estrutura. Mas, pelo lado profissional, é melhor ser emprestado e voltar com mais bagagem", discorda o preparador de goleiros do São Paulo, Haroldo Lamounier.

Quem parece um pouco mais cansado de esperar seu momento é Danilo. O corintiano, que agora tem ficado no banco em virtude de uma lesão em um dedo da mão de Rafael Santos, o reserva imediato de Júlio César, já prepara um discurso de saída.

"É lógico que não vou aceitar um tiro no escuro, mas quero receber uma chance logo. Goleiro tem que ter paciência, mas também precisa jogar. Quando você só treina, apenas o pessoal do seu clube vai te conhecer. Mas se jogar, todo mundo vai poder ver teu trabalho."