publicidade

Carpegiani: "Se não fosse o Muricy, iríamos à fase seguinte"

No intervalo do clássico, a torcida são-paulina gritou "É Muricy", e parece ter incentivado o técnico do Santos, que voltou com o zagueiro Bruno Aguiar no lugar do atacante Zé Eduardo em um 3-5-2 com Paulo Henrique Ganso adiantado. Venceu a semifinal do Paulistão por 2 a 0 e Paulo César Carpegiani admitiu: o São Paulo foi eliminado porque seu ex-técnico, neste sábado, foi rival.

"Se estivesse outra pessoa no lugar do Muricy, que gosta de três zagueiros e de tranquilizar a defesa primeiro, iríamos à fase seguinte", admitiu o treinador do Tricolor, com estilo mais ofensivo do que seu adversário. "Ele teve a coragem e a humildade de primeiro acertar atrás."

O que mais incomodou o comandante do time que estava em casa neste fim de semana, no Morumbi, foi não poder atacar como no primeiro tempo. Na avaliação de Carpegiani, sua equipe acuou o Peixe e, caso não tivesse um intervalo entre as duas etapas, certamente abriria o placar, com poucas possibilidades de sofrer uma virada.

"Criamos oportunidades, tivemos posse de bola e um total domínio de jogo. A grande equipe decantada do Santos estava toda controlada, foram os melhores 45 minutos do time sob o meu comando. No segundo tempo, eu disse a eles que fatalmente não teríamos a mesma supremacia, seria impossível. O Santos estava em uma situação muito ruim, mas o Muricy conseguiu nivelar o jogo", admitiu.

O São Paulo terminou o primeiro tempo em vantagem até porque Dagoberto resolveu chamar a responsabilidade, procurou a bola e chamou Marlos, Ilsinho e até Jean para aparecer mais na frente. Na etapa final, foi Ganso quem decidiu a partida, aproveitando-se dos improvisos de Neymar e da maior liberdade de Elano, como o próprio Carpegiani constatou.

"O Muricy viu que o Ganso estava dominado em sua faixa e empurrou-o para a frente entre os zagueiros. Tive que espelhar o jogo, me arrumar com três zagueiros, mas o primeiro gol do Santos saiu cedo", comentou o técnico, que viu suas redes serem balançadas por Elano aos 15 minutos do segundo tempo.

Em meio aos elogios para o treinador rival, o comandante do São Paulo só não foi claro não foi claro ao responder se foi mal no San-São. "Futebol é exclusivamente resultado e não tenho muita coisa para dizer. Se o resultado fosse a favor do São Paulo, estariam criticando a escalação de três zagueiros e um só atacante", apontou.

Carpegiani foi criticado por diminuir a velocidade do time trocando os rápidos Casemiro, Marlos e Ilsinho pelos veteranos Fernandão e Rivaldo e o centroavante Willian José. "O Casemiro não saiu porque tinha uma má apresentação, até porque tinha uma atuação excelente. Mas eu tinha que sacar alguém. Depois do gol, o time sentiu o gol, o Ilsinho e o Marlos cansaram", explicou, admitindo que não pôde mais anular Neymar.

"Não seria o mais correto colocar o Jean, cansado, para marcar o Neymar. Tinha minhas opções e tinha que tentar algo diferente. Preferi um homem de área. Mas o time afunilou, foi na base do chuveiro devido ao cansaço. Ficou um jogo controlado a favor do Santos", lamentou.

VEJA TAMBÉM
- Veja a provável escalação do Tricolor para o jogo de hoje
- Veja como assistir São Paulo vs Palmeiras ao vivo
- Veja como assistir São Paulo vs Palmeiras ao vivo


Receba em primeira mão as notícias do Tricolor, entre no nosso canal do Whatsapp


Avalie esta notícia: 5 9

Comentários (65)

Enviar Comentário

Para enviar comentários, você precisa estar cadastrado e logado no nosso site. Para se cadastrar, clique Aqui. Para fazer login, clique Aqui.