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Aqueles que costumam chamar, ironicamente, o técnico Paulo César Carpegiani de Professor Pardal (entre os quais eu não me incluo) deveriam fazer um mea-culpa e reconhecer uma boa sacada do treinador do São Paulo.

Ilsinho jogava como lateral ou ala pela direita. Driblador e ofensivo, não marcava nem ponto quando chegava ao CT. Como o clube tem dificuldade para encontrar o tão sonhado meia-armador, Carpeginani testou Ilsinho algumas vezes como meia-atacante, tipo um ponta de lança das antigas. Sem a responsabilidade de voltar ao campo de defesa para correr atrás de laterais ou atacantes adversários, Ilsinho cresceu de produção.

Ele próprio admitiu que, jogando na Ucrânia, se acostumou a atuar na segunda linha de quatro, do meio para frente.
Com isso, Carpegiani não inventou nada, apenas observou bem uma característica individual de um atleta e tirou proveito dela. É o trabalho do bom treinador.