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Pesadelo no Arruda



A festa acabou. O São Paulo viu sua semana perfeita ruir ontem ao perder para o Santa Cruz por 1 a 0, no Arruda, em Recife, colocando em risco sua continuidade na Copa do Brasil, competição que dá vaga à Libertadores e é prioridade no clube.

O Tricolor se deu mal ao entrar em campo ainda sob os efeitos dos festejos que começaram com o centésimo gol do goleiro Rogério Ceni na vitória sobre o Corinthians no clássico, encerrado um longo jejum, e passou pela festa com mais de 45 mil pessoas no Morumbi para receber o atacante Luís Fabiano.

Do outro lado, o Santa Cruz disputou uma guerra. A torcida, que lotou o Mundão do Arruda, entrou no clima e fez sua parte. As arquibancadas só se calavam quando Rivaldo pegava na bola. Era respeito ao filho da terra.

Natural de Paulista, cidade que fica a 17 km de Recife, o meia foi homenageado antes da partida. Ele recebeu uma placa pelos serviços prestados não apenas ao Santa Cruz, de onde saiu aos 19 anos para defender o Mogi Mirim, mas por tudo que fez pelo futebol brasileiro.

Rivaldo ficou emocionado. Só não teve nada de gentilezas. O craque de 38 anos, que ainda patina para se firmar no São Paulo atrás de um fim de carreira digno, era o jogador mais lúcido na equipe de Carpegiani.

O restante do time parecia em outro planeta. Lucas se deixava marcar facilmente, enquanto Dagoberto e Fernandinho queriam decidir sozinhos. O meio de campo dava espaço, enquanto o sistema defensivo sofria para marcar Landú e Gilberto, que, convenhamos, estão distantes da denominação craque.

A péssima atuação da equipe no primeiro tempo teve o ponto alto no gol que abriu o placar. Ele foi contra de Rodrigo Souto. Ridículo. O volante foi desviar para escanteio uma bola rasteira cruzada na área e, de canela, deixou Rogério Ceni sem ação.

A situação não mudou muito no segundo tempo. O São Paulo até melhorou, mas Rivaldo, responsável pelos escassos bons momentos, foi caindo de produção e logo deixou o campo. Os torcedores vaiaram. O difícil era identificar se foram direcionadas ao jogador ou ao treinador pela substituição.

Carpegiani foi mexendo no time sem critério. Em certos momentos era impossível descobrir em qual esquema o São Paulo atuava. Não à toa, ele recebeu o apelido de “Professor Pardal” na primeira passagem pelo clube.

Leandro Souza até deu uma forcinha ao ser expulso. O Tricolor ensaiou uma pressão, puramente desordenada, e, claro, não empatou. No fim, Rogério Ceni, que queria continuar festejando sua marca, perdeu a cabeça e quase saiu no braço com os jogadores do Santa Cruz.

Agora, o São Paulo terá de reverter na Arena Barueri para dar a Luís Fabiano a chance de brigar pelo seu primeiro título. Se o time for eliminado, o atacante só poderá jogar no Brasileiro.

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