A apresentação de Luís Fabiano no São Paulo contou com uma enorme festa da torcida do clube, que encheu o estádio do Morumbi na noite de terça-feira. A cerimônia serviu para refazer o laço de confiança entre fãs e ídolo, já que o atacante teve problemas com os são-paulinos na época de sua saída do Tricolor, em 2004, quando chegou a ser chamado de 'pipoqueiro'.

"Torcida age com sentimento. Na minha primeira passagem, o time ficou alguns anos sem título importante e esperavam muito da gente. Outras torcidas chamaram grandes jogadores da mesma coisa, até os melhores do mundo. Pode acontecer e faz parte do passado. Fiquei triste naquela ocasião, porque não combina comigo. Sempre me doei ao máximo e fiz gols importantes, só que perdemos campeonatos", comentou.

Pressionado na época, Luís Fabiano chegou a cantar durante o treino uma música em que se mostrava ansioso para ir embora do clube. "Eu era novo, não pensava muito nisso", defende-se. "Entendo o lado da torcida. Mas agora é outra história e o São Paulo vem de conquistas. Eu segui minha vida e me vinguei do Once Caldas na final do Mundial com Porto", completou, lembrando que o time colombiano eliminou o São Paulo da Libertadores de 2004.

Agora, o atacante coloca os títulos em primeiro lugar dentre seus objetivos, mas demonstra também o sonho de aproveitar os quatro anos de contrato para se tornar o maior artilheiro da história do São Paulo.

"Se eu tiver média de 30 gols por ano, dá para passar o Chulapa, mas isso fica em segundo plano. O primeiro é conquistar títulos", avisou, para completar. "Mesmo se eu fizer metade dos gols que o artilheiro do Brasileiro fizer e o São Paulo for campeão, o torcedor vai ficar muito mais feliz do que eu sendo artilheiro sem título", encerrou.

Com 118 gols marcados até hoje pelo São Paulo, Luís Fabiano é o 12º maior artilheiro da história do clube, enquanto o goleador máximo do Tricolor é Serginho Chulapa, que balançou as redes 242 vezes.