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Rivaldo vive expectativa de voltar ao Arruda. Confira entrevista com o craque

Meia falou da expectativa de entrar em campo, da família torcer pelo Santa, da infância, entre outras coisas

Depois de passar por dez clubes e morar em cinco países diferentes, Rivaldo vai voltar ao palco que o revelou para o futebol mundial. Foi no Arruda que, aos 16 anos, o meia começou a dar os primeiros passos para se tornar um dos melhores jogadores da história e, entre outros títulos, ganhar uma Copa do Mundo.

Ao LANCENET!, no último sábado, Rivaldo falou sobre a expectativa e da emoção que vai viver em Recife. Na última terça-feira, já na capital de Pernambuco, a reportagem entrou em contato novamente com o meia, que falou um pouco mais do assunto e comentou o fato de ter sido
testado por Paulo César Carpegiani entre os titulares em parte do último treino antes do confronto, na manhã desta terça-feira.

EMAIS:
Ex-técnicos tem orgulho e mágoa de Rivaldo

Torcedor confesso do Santa, o camisa 10 vai ter de mostrar todo seu profissionalismo e ver sua família torcendo contra. Rinaldo e Ricardo, irmãos mais velhos, são fanáticos pelo O Mais Querido, como é chamado carinhosamente na cidade. As irmãs Cristiane e Saraia, além da mãe Marluce, também.

- Eles torcem para o Santa, não tem jeito. Mas vão torcer para mim também. Se os dois forem bem, está tudo certo - brincou o meia.

Confira abaixo a entrevista exclusiva que Rivaldo concedeu ao LANCENET!. Nela, ele falou da expectativa que vive de entrar em campo, sobre sua infância pobre, mas sem fome, da saudade de Recife e, entre outras coisas, da torcida que o São Paulo vai receber no Arruda.

1- Onde foi sua infância?
Nasci na Encruzilhada de Recife (bairro da cidade, próximo ao Arruda), que faz parte de Recife. Aos seis anos, fui para Paulista, onde fiquei até os 18 anos. Minha infância foi no Jardim Paulista Alto, bairro humilde da cidade.

2- Você chegou a passar fome na infância?
Fome nunca passei, sempre tive o que comer. Tinha até batata, cucuz, pratos que gosto até hoje. Nunca passei um dia sem comer nada, como acontece com muita gente no Brasil. As pessoas comem o almoço já pensando no que vão comer no almoço, e se vão comer.

3- Tem saudade do Recife? Tenta comer as coisas de lá?
Quando posso, sim. Depende de onde estou. Morei muito tempo fora. Gosto inhame, aipim, mas só de vez em quando que eu como. Espero que tenha lá nos dias que vamos passar.

4- Costuma ir para Recife ou está difícil?
Estava lá no fim de ano, quando passei Natal e Ano Novo. Sempre que dá, vou. Pode ser que no dia depois do jogo nós tenhamos folga, daí vou ficar um pouco mais na cidade.

5- O jogo vai ser uma emoção diferente de tudo que já sentiu na vida?
Vai ser uma grande emoção. Mais por ser o Santa, onde eu comecei e sou torcedor. Mas tenho de separar as coisas e ser profissional. Toda família torce. Nunca imaginava que isso pudesse acontecer. Tenho de defender as cores do São Paulo. Existe a possibilidade de eu jogar e entrar para vencer. Se tiver no banco, vai ser triste. Sempre acostumei a jogar, então fico diferente fora. Espero que tenha condições de jogar. Essa emoção é um sonho para torcida. É legal, porque é um São Paulo. O torcedor do Santa também torce para o São Paulo, porque tem as mesmas cores. Não gostam do Flamengo, porque é da mesma cor do Sport, grande rival.

6- Com vai ser ver a família torcendo pelo Santa Cruz?
Isso é normal. É uma maneira de falar. Torcem para mim. Se o Rivaldo vai bem, mas o Santa ganha, está tudo certo. Rivaldo faz dois e o Santa três. Até entendo. O Santa está em uma situação difícil, não numa Primeira Divisão, como o São Paulo. É um torcedor sofrido, vendo o Sport e Náutico ganhando. Tudo que vem para alegrar o clube os deixa feliz. O time não vai muito longe, mas tem torcedores que podem ter um pouco de felicidade.

7- Pensa em ajudar o Santa Cruz?
Tentei ajudar em termos de jogadores. Mas não deram a atenção que esperava. Agora já é outro presidente. Quem sabe agora não conseguimos uma troca entre atletas. Quem sabe não fazemos algo interessante para os dois.

8- Você fala muito da sua família. Como é a relação com sua mãe?
Muito boa. Falo com ela todos os dias. Se deixo de falar, ela já cobra: "não tem mãe não, é?" (dona Marluce mora em um condomínio, próximo de Jardim Paulista Alto. Rivaldo tirou a família da região de onde morava há cerca de quatro ano)

9- Não vai levá-la para morar com você em São Paulo?
Ela não consegue. Passa no máximo um mês. Mas eu me acostumei aqui (em São Paulo). Quando digo que adoro, o pessoa se espanta de como posso gostar. Falam do trânsito, da correria... Mas Recife também é especial, mas só para passeio. Em São Paulo tenho minha vida no futebol, outras coisas, meus negócios. Hoje sou um homem de negócios. Se voltar para Pernambuco, vou começar do zero. Se for para lá, tenho de levar algumas pessoas. Tenho casa em Recife, perto da minha família, em um condomínio. Posso passar dois, três meses lá, mas morar, não.

10- Se não for titular, espera ao menos entrar em campo?
Vai ser muito triste se isso não acontecer. É algo que estou com muita expectativa. Mas sei que as coisas vão dar certo, tudo na sua hora.

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