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As trajetórias de São Paulo e Corinthians durante os anos do tabu

Conquistas e tropeços históricos, mudanças e grandes contratações marcaram rivais paulistas no período

Quatro anos, um mês e dezesseis dias. O período sem vitórias do São Paulo sobre o Corinthians já é maior que um mandato presidencial e foi o suficiente para muitas alegrias, tristezas, tropeços, conquistas e mudanças nas duas equipes. Além de tantos outros fatos marcantes ao redor do mundo.


Nas equipes, as principais mudanças podem ser rapidamente percebidas nos elencos. No São Paulo, apenas três jogadores que participaram da última vitória continuam no time: o goleiro Rogério Ceni e os zagueiros Miranda e Alex Silva. Já do lado corintiano, não resta sequer um atleta que esteve em campo na última derrota para o rival.



Fora do âmbito do clássico, uma série de mudanças também aconteceram no mundo. Ainda no futebol, a atual campeã do mundo era a Itália, posto hoje ocupado pela Espanha depois do título inédito na África do Sul. O atacante Ronaldo ainda defendia o Real Madrid e hoje, depois de defender o Milan e o próprio Corinthians, está aposentado.


Na política, Barack Obama passou de senador dos Estados Unidos pelo estado de Illinois a primeiro presidente negro da história da maior potência econômica mundial. No Brasil, em fevereiro de 2007, Dilma Roussef era a Ministra-chefe da Casa Civil, ainda no início do segundo mandato de Luiz Inácio Lula da Silva. Ela agora se aproxima do 80º dia de seu próprio mandato, a primeira mulher presidente do país.






Foto: Reuters


Durante o tabu corintiano, Obama passou de senador a primeiro presidente negro dos Estados Unidos; e Dilma, de ministra da Casa Civil a primeira presidenta do Brasil






Mas se o assunto é o clássico, apontado por muitos como o de maior rivalidade do futebol paulista atualmente, confira abaixo pelo que passaram São Paulo e Corinthians, ano a ano, durante todo o período do atual tabu em favor do time do Parque São Jorge.


O São Paulo durante o tabu


2007 - O clube mal poderia imaginar que a vitória no dia 11 de fevereiro, pela oitava rodada do Campeonato Paulista daquele ano seria a última contra o rival por muito tempo. Até porque, com aquele resultado, era o São Paulo quem completava 12 partidas sem perder para o Corinthians. Na Libertadores daquele ano, o time foi eliminado pelo Grêmio nas oitavas-de-final, mas se recuperou no Brasileirão e, apesar de não ter vencido o rebaixado Corinthians em nenhum do dois turnos, chegou ao bicampeonato nacional consecutivo.


2008 - Outra temporada decepcionante na Copa Libertadores, sempre tratada como prioridade pela diretoria e torcida são-paulina. Dessa vez a eliminação, nas quartas-de-final, foi para o Fluminense, que assim como o Grêmio terminaria com o vice-campeonato. Mas outra vez o ano terminou bem, com a maior reação da história do Brasileirão por pontos corridos. Depois de ficar 11 pontos atrás do líder após a primeira rodada do segundo turno, o São Paulo conseguiu descontar essa diferença e conquistou dois feitos inéditos de uma vez: o primeiro tricampeonato consecutivo e o primeiro hexacampeonato da história da competição.






Foto: Divulgação

Em 2008, o São Paulo alcançou dois feitos inéditos no Campeonato Brasileiro: primeiro tricampeão consecutivo e primeiro hexacampeão







2009 - Depois de quatro anos colecionando títulos, o São Paulo voltou a ficar uma temporada em branco em 2009. Na Libertadores, a eliminação foi novamente nas quartas-de-final e diante de outro adversário Brasileiro, o Cruzeiro. A derrota foi traumática o suficiente para encerrar o casamento de mais de três anos com o técnico Muricy Ramalho. Ricardo Gomes foi seu substituto e fez um bom trabalho, comandando mais uma reação são-paulina no Campeonato Brasileiro. Desta vez, porém, apenas o suficiente para o time terminar em terceiro e se classificar à sua sétima Libertadores consecutiva, um recorde entre clubes brasileiros.


2010 - Segunda temporada consecutiva de jejum de títulos. Quinta consecutiva de eliminação para adversários brasileiros na Libertadores. O Internacional, que já havia vencido o São Paulo na final em 2006, dessa vez eliminou a equipe paulista na semifinal. Ricardo Gomes caiu, foi substituído pelo interino Sérgio Baresi e depois por Paulo César Carpegiani. Mesmo assim, a campanha no Brasileirão só rendeu a nona posição, a pior desde 2005, ano em que Paulo Autuori priorizou a preparação para a disputa do Mundial de Clubes no Japão. Fora de campo, aconteceu a maior derrota dos dois mandatos de Juvenal Juvêncio, quando a CBF e a Fifa anunciaram que o estádio do Morumbi havia sido cortado da Copa do Mundo de 2014.


2011 - Aos poucos, o São Paulo renovou a equipe e hoje conta com poucos atletas que participaram dos títulos mais recentes. O lateral-esquerdo Juan e o zagueiro Rhodolfo chegaram e assumiram a titularidade de imediato. Atletas questionados em 2010, como Carlinhos Paraíba e Fernandinho, se firmaram na equipe. E o meia Lucas se transformou de revelação em realidade, já recebendo inclusive sua primeira convocação para a seleção principal. Nomes de peso também chegaram: Rivaldo, atualmente reserva e Luis Fabiano, que será apresentado oficialmente na próxima terça-feira. Depois de um início irregular, o time chegou à liderança do Paulistão, que ocupou por quatro rodadas. Agora tenta, além de encerrar o tabu, voltar a ficar à frente do Corinthians na classificação do Estadual.


O Corinthians durante o tabu


2007 - Apesar de ser o ano que iniciou o tabu, é provável que tenha sido o pior momento da história do clube. Fora de campo, o então presidente Alberto Dualib era investigado por crimes de lavagem de dinheiro e pela parceira escusa com a MSI, empresa chefiada por Kia Joorabchian que conduziu o futebol do clube entre 2004 e 2006. Já sob o mandato de Andrés Sanchez em dezembro, dentro de campo o time foi rebaixado à Série B do Campeonato Brasileiro.


2008 - Ano em que Sanchez inicou o resgate do orgulho corintiano, iniciando uma gestão que mudou o clube. Contratou Mano Menezes, um dos mais promissores técnicos do país. Apostou no apoio irrestrito da torcida e ações de marketing, como a camisa roxa e a campanha “Eu nunca vou te abandonar”. A grande decepção da temporada foi a derrota para o Sport na final da Copa do Brasil, mas o Corinthians conquistou a Segundona sem grandes dificuldades e voltou à elite do futebol brasileiro. Ainda em 2008, o clube conseguiu ofuscar o tricampeonato consecutivo do São Paulo ao anunciar a contratação de Ronaldo.


2009 - O primeiro ano do maior artilheiro da história das Copas foi seu melhor no clube. Neste ano, o tabu contra o São Paulo começou de fato a ser construído - até então, eram dois empates e uma vitória -, com três vitórias e dois empates. Ronaldo marcou duas vezes nestes cinco duelos. O Corinthians venceu o Campeonato Paulista de forma invicta e a Copa do Brasil, garantindo vaga na Copa Libertadores no ano de seu centenário. Fora de campo, em represália à decisão do São Paulo de ceder apenas 10% dos ingressos aos corintianos em clássicos no Morumbi, Sanchez decidiu não alugar mais o estádio para mandar jogos do Corinthians.

2010 - No ano de seu centenário, o Corinthians mais uma vez decepcionou sua torcida na disputa do inédito título da Copa Libertadores, sendo eliminado pelo Flamengo nas oitavas-de-final. Em relação ao tabu, foi o melhor ano para os corintianos, com três vitórias em três jogos. Mano Menezes deixou o clube no meio do ano para assumir a seleção brasileira. Foi sucedido por Adílson Batista e depois por Tite. O time lutou pelo título do Brasileirão até a última rodada, mas acabou terminando com a terceira posição. No final do ano, o Corinthians ainda inaugurou seu centro de treinamento e anunciar a construção do próprio estádio, em Itaquera.

2011 - Com a terceira posição no Brasileiro do ano passado, o Corinthians teve de disputar a chamada “pré-Libertadores”, o que acabou por ocasionar um dos maiores vexames do time na competição continental, ao ser eliminado pelo desconhecido Tolima, da Colômbia. Pouco depois, Ronaldo anunciou sua aposentadoria do futebol. Apesar do novo trauma, o time reagiu bem com a chegada do artilheiro Liédson e fechou a 15ª rodada liderando o Paulistão. Neste domingo, defende não apenas o tabu contra o São Paulo, mas contra todos os rivais paulistas. Desde fevereiro de 2010, quando perdeu para o Santos, o Corinthians não sabe o que é ser derrotado em um clássico estadual.

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