São Paulo - Dizem que é errando que se aprende. E, no São Paulo, esta afirmação faz sentido. Após fracassar em 2010, muitos creditaram o insucesso dentro de campo às contratações equivocadas da diretoria. Sabedores que a filosofia imposta na última temporada não foi eficiente, os cartolas do Tricolor mudaram de planejamento para este ano e, mesmo em pouco tempo, já perceberam a diferença.

Com apenas seis contratações, o São Paulo acertou nos atletas trazidos e, de quebra, obteve boas economias. E o reflexo acontece em campo, onde o time é líder do Campeonato Paulista, está na segunda fase da Copa do Brasil e, assim, vislumbra os dois títulos.

“Em 2010, de fato, algumas contratações não foram positivas. Não os jogadores em si, até porque os reforços não se revestem de sucesso. Alguns atletas vieram como destaques, mas não conseguiram produzir o mesmo aqui. Isso acontece”, explicou o diretor de futebol do Tricolor, João Paulo de Jesus Lopes, antes de ratificar que a diretoria acertou nas aquisições deste ano.

“Nosso elenco já era bom e as necessidades eram reduzidas. Por isso, fizemos contratações pontuais. Sem dúvidas, fomos criteriosos e trouxemos jogadores para serem titulares, como é o caso do Rhodolfo, do Luis Fabiano e do Juan. Com isso, o elenco se qualificou ainda mais, mesmo sem muitas alterações”, ressaltou o cartola.

Outro aspecto que faz os dirigentes comemorarem é a economia que tiveram. Em 2010, por exemplo, o clube contratou 12 atletas. A maioria — Xandão, Léo Lima, Marcelinho Paraíba, Carlinhos Paraíba, André Luís, Ilsinho e Rodrigo Souto — veio de graça, mas outros fizeram o Tricolor desembolsar muito dinheiro, como são os casos de Fernandinho (R$ 1,5 milhões), Alex Silva (R$ 400 mil), Ricardo Oliveira (R$ 800 mil), Fernandão (R$ 800 mil) e Cleber Santana (R$ 3,5 milhões). Juntos, os cinco atletas custaram R$ 7 milhões aos cofres são-paulinos.

Para esta temporada, o clube trouxe apenas seis jogadores — metade do que veio em 2010. Mesmo com o alto custo para a aquisição de Luis Fabiano (R$ 20 milhões), que é um caso à parte, no restante, o Tricolor não gastou praticamente nada. O único atleta que teve custos foi o zagueiro Rhodolfo, que teve 50% dos direitos econômicos comprados por R$ 1,8 milhão. Juan, Rivaldo, Willian José e Edson Ramos não custaram nada. “As contratações foram certas. Por isso, a tendência é que continue assim daqui para frente”, finalizou o dirigente são-paulino.

imagem enviada por: Fernando Fernandes
Os "DOUTORES" JJ e MC, dessa vez ACERTARAM na INTERVENÇÃO