Mesmo após a determinação do juiz Gustavo Quintanilha Telles de Menezes, da 50ª Vara Cível do Rio de Janeiro, para o São Paulo devolver a Taça das Bolinhas, o departamento jurídico do clube segue sem abrir mão do troféu e diz que, por direito, ele é do Tricolor. O diretor jurídico do Sampa, Kalil Rocha Abdalla, se apega a outra decisão judiciária para comprovar os direitos pela posse da taça.

Mais precisamente, Kalil refere-se a ação que tramitou e foi julgada na 10ª Vara Federal de Pernambuco, de 2 de maio de 1994, decretando o Sport como campeão brasileiro de 1987.

- Diante desse quadro, o São Paulo faz jus à Taça das Bolinhas porque o Sport foi o legítimo campeão de 1987 e nós fomos os primeiros pentacampeões do Brasileiro (condição que daria direito à taça concedida pela CBF) - disse o advogado, em entrevista à ESPN Brasil.

De fato, com a decisão da Justiça pernambucana, o primeiro pentacampeão seria o São Paulo, que conquistou seu quinto Nacional em 2007. Mas, como a CBF também reconheceu o Flamengo como campeão brasileiro de 1987, a polêmica foi reaberta, pois o clube carioca seria o primeiro penta, conquistado em 1992, ao bater o Botafogo na final.

Ainda sobre a decisão da Justiça do Rio, cujo autor ação foi o Flamengo e a CBF a ré, Kalil disse que ainda espera ser intimado e, enquanto isso não acontecer, o Sampa não fará parte do processo. Ou seja, nada poderá fazer e seguirá com a Taça das Bolinhas, troféu que o São Paulo recebeu na segunda-feira da semana passada, na sede da Caixa Econômica Federal, na Avenida Paulista, centro de São Paulo.

- Hoje teve esse despacho, mas terá de ser distribuída uma carta precatória a um tribunal de São Paulo, e isso demanda algum tempo. Depois, vamos ver o que está acontecendo. E esse despacho refere-se ao Flamengo e a CBF. A taça foi entregue pela Caixa Econômica, então não faço nem parte da ação - disse Kalil.