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São Paulo tentou contratar Neymar por duas vezes

Investidas aconteceram quando o santista ainda não havia se tornado profissional

Neymar poderia estar no São Paulo hoje

O talento de Neymar sempre foi incontestável. Tanto que, quando ainda engatinhava no futebol, a Joia despertou interesse do São Paulo e neste domingo poderia estar do outro lado no clássico do Morumbi.

A primeira vez que o atacante entrou na mira do Tricolor foi entre 2002 e 2003, ano em que, já pelo Santos, disputou um torneio sub-13 da associação paulista, cujas finais aconteceram em Itapevi.

Como é corriqueiro no mundo do futebol, um batalhão de olheiros e membros das categorias de base de diversos clubes acompanharam a competição, na esperança de encontrar mais uma pedra preciosa. E um destes garimpeiros era justamente do São Paulo.

– Neymar era muito interessante, muito talentoso, mas não deu. O São Paulo não investia muito nos jogadores do sub-13, que hoje é a menina dos olhos do clube – revela Antônio Carlos da Silva, o Silva, que iniciou seu trabalho nas categorias de base do Sampa em 1985 e hoje comanda as equipes sub-13 em Cotia.

Segundo Silva, as informações sobre Neymar foram passadas a diretores da época, que fizeram contato com a família do atacante. As conversas acabaram não evoluindo:

– Não é que não deu certo. O pai dele achava difícil a mudança da família para São Paulo. Por isso, pediu escola para Neymar e a irmã dele, mas como não havia o investimento de hoje, ficou inviável – disse Silva.

– Esses interesses de outros clubes sempre existiram sobre Neymar, pois sempre tem um dirigente da base observando – declarou Lino, que foi técnico de Neymar no juvenil por um ano antes do profissional.

O LANCENET! entrou em contato com Neymar da Silva Santos, pai de Neymar, mas ele não quis falar.

Segunda investida
Em 2006, segundo Wagner Ribeiro, o presidente do Sampa, Juvenal Juvêncio, tentou contratar Neymar, que, na época, tinha 14 anos.

– Ele me pediu Lulinha e Dinelson, que eram do Corinthians, Ilsinho, então no Palmeiras, e Neymar. Mas eu lhe disse que, até por questões éticas, só era possível Ilsinho, cujo contrato estava se encerrando.

O LANCENET! tentou contato com Juvenal Juvêncio, mas ele não atendeu as ligações da reportagem.
O que diz a legislação?
De acordo com a Lei Pelé, o jogador de 14 a 20 anos é considerado em formação. Atualmente, um atleta só pode assinar contrato com o clube formador quando completar 16 anos. Antes, pode até receber salários, em alguns casos altas quantias, pagas pelos clubes como tática para segurar suas principais promessas. No entanto, o projeto de Lei 5186/05, do Poder Executivo, pode gerar algumas modificações na lei. O principal objetivo da medida é preservar o clube formador. Dirigentes dizem que a possibilidade de o jogador se desligar a qualquer momento faz com que os clubes percam o interesse de investir nas categorias de base. No projeto, o clube formador do atleta recebe proteção para não perdê-lo, pois é o responsável pela educação e demais tratamentos dado aos garotos. A medida tramita no Congresso Nacional.

Gabigol foi ‘troco’ santista. São Paulo armou força-tarefa

Se o São Paulo tentou Neymar antes de ele chegar ao profissional, o Santos teve êxito com um jovem que começou no Tricolor. Trata-se de Gabriel Barbosa, o Gabigol, que saiu do futsal do Sampa com nove anos e, atualmente com 14, já recebe um salário de R$ 15 mil no Peixe.

O caso é semelhante ao da Joia pelo que também foi ou não proposto à família do atleta, como moradia e estrutura fora das quatro linhas. Para Silva, da base do São Paulo, fatores fundamentais na escolha do atleta.

– Se o jogador é da capital, os clubes da capital levam vantagem, não precisa fazer muito investimento para trazer o moleque – explica.

Neste sentido de oferecer estrutura aos garotos e facilitar a captação de talentos, o São Paulo montou uma espécie de força-tarefa. Há monitoramento de garotos em todo país. Atualmente, o São Paulo conta com cerca de cem garotos sendo acompanhados no interior de São Paulo e mais cerca de 60, na capital.

Eles treinam duas vezes por semana no CT de Cotia, pois não podem morar no local, já que a legislação só permite que isso seja feito com crianças acima de 14 anos.

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