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"Morumbi: o jogo não acabou!"

Comitê paulista fala em prefeitura como fiadora do estádio do São Paulo para a Copa-14, mas também em escutar as propostas de Corinthians e Palmeiras

Enquanto o prefeito Gilberto Kassab (DEM) tenta reverter o veto ao Morumbi junto à CBF e à Fifa na África do Sul, o Comitê Organizador já considera um órgão público dando respaldo financeiro ao estádio do São Paulo.

- Para nós, o Morumbi ainda está na Copa. O jogo não acabou! Não abrimos mão da abertura. Os concorrentes podem não atender as exigências. E talvez o governo (do Estado) possa dar garantias bancárias ao São Paulo no BNDES - frisou o diretor de Comunicação e Turismo do comitê e da SPTuris (instituição cuja maior acionista é a prefeitura), Luiz Salles, em palestra na FAAP.

A insistência é por conta dos trabalhos já de três anos, especialmente de mobilidade urbana, focados no Morumbi. E como o São Paulo não abre mão da guerra política com as entidades esportivas, resta à prefeitura tomar à frente nas negociações.

- O São Paulo precisa também vestir as sandálias da humildade. No começo, brincou mesmo, com projetos e apresentações frágeis, deficientes. Tem muita política nesse meio da cartolagem, que tem de baixar a bola. Talvez estejam até esperando dinheiro da Fifa. Mas nós temos apenas cerca de dois anos e meio, considerando eleições e a movimentação política. O que é pouco para a construção de um novo estádio - explica Salles.

Apesar da preferência, o comitê reconhece que Kassab pode voltar sem êxito. Dessa forma, outras alternativas são consideradas, entre elas um estádio em Pirituba. Embora nenhuma proposta concreta tenha chegado.

- Fomos procurados por muita gente interessada em fazer um estádio, mas sem dinheiro e nem um cronograma para o mesmo. Pirituba é uma ideia de 2007, de uma área de convenções. Na origem não incluia uma arena. E até agora não há um projeto oficial - argumenta Salles.

Uma futuro estádio do Corinthians também entra na pauta. Seja o de Itaquera, o de Guarulhos proposto por Banif/Bradesco, ou outro em Guarulhos num terreno da Dersa, cedido gratuitamente pelo governo, em um modelo de Parceria Público Privada (PPP). Até a arena do Palmeiras pode ganhar chance.

- O Andrés (Sanchez) e o (Luiz Gonzaga) Beluzzo voltaram agora a São Paulo. E uma PPP, nesse modelo, pode ser bem vinda. Até mesmo dois estádio na cidade para a Copa. Vamos avaliar tudo no encontro do dia 15 com o Kassab, o (Alberto) Goldman e o (Ricardo) Teixeira. Tem que ficar claro o retorno financeiro e o legado para São Paulo - afirmou Salles.

Estádios Vantagens Desvantagens

São Paulo - Morumbi É a prioridade da prefeitura e do governo estadual, com inúmeras obras de mobilidade urbana ao redor. Necessita de reforma e ampliação, podendo contar com garantias públicas no BNDES, conforme sinaliza pela primeira vez um membro do comitê paulista para a Copa-14. Tem enorme restrição política das entidades esportivas: FPF, CBF e agora também a Fifa. A obra para a abertura atingiria R$ 650 milhões, com o fechamento temporário do estádio. Haverá necessidade de desapropriações de moradores, cujas residências são de alto padrão.
Prefeitura- Pirituba A área de 5 milhões de metros quadrados para o centro de convenções e a arena corresponde a quatro vezes o Anhembi. A ideia original partiu do atual secretário municipal de transportes, Marcelo Branco. Além dele, trata de parceiros para a empreitada também o secretario estadual de planejamento, Francisco Vidal Luna. Não há ainda um grupo de investidores para a arena e a capacidade de público não chega aos 65 mil solicitados pela Fifa. O terreno da Companhia City, embora declarado de utilidade pública, tem aclives e declives. Faltam licenças ambientais. O acesso terá de ser feito por adaptações às rodovias Anhanguera e Bandeirantes ou trem (de péssima qualidade), pois as avenidas no entorno estão sobrecarregadas.

Corinthians - Itaquera e Guarulhos Para o projeto de Itaquera, o clube já possui o terreno. Para o de Guarulhos avaliado pelo Conselho, já há investidores capitaneados por Banif/Bradesco. Para o outro na mesma cidade, o acerto seria fácil com a Dersa, cuja maior acionista é o governo do Estado. O presidente do clube, Andrés Sanchez, tem ótima relação com a CBF e o governo federal.
Itaquera: projeto ainda nem sequer foi apresentado pelo clube. Acesso seria basicamente por metrô, já que a Radial Leste está sobrecarregada. Guarulhos1: falta aprovação no clube e licenças ambientais. Capacidade de público também não chega aos 65 mil. Guarulhos2: falta o projeto do estádio e os parceiros para a empreitada.

Palmeiras - Arena Palestra Itália O projeto do novo estádio está pronto e com a construção prestes a começar. Os parceiros são bem definidos: WTorre e Traffic. O presidente do clube, Luiz Gonzaga Belluzzo, tem ótima relação com o ex-governador do estado e candidato à presidência do Brasil, José Serra A demora para o início das obras, dada a falta de licenças ambientais. A capacidade de público restrita, também não atinge os 65 mil exigidos para a abertura. O entorno com trânsito caótico, com poucas chances de desapropriações de residências e comércios

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