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Top 10: Torneios “curiosos”



Sabe aquele título que o seu amigo adora se gabar mas que você nunca entendeu a importância? Pois é, exatamente esse tipo de torneio que estamos falando. Copa Sul-Minas? São Paulo e Flamengo campeões dos campeões mundiais? Taça Olímpica do Fluminense? Galo campeão do gelo? Tem muito torneio bizarro no mundo do futebol.

PLACAR reuniu os dez mais esquisitos. E abre os comentários para você, leitor, lembrar qualquer outro que não tenhamos mencionado. Mas alertamos: é tudo na base da brincadeira, viu? Para não ficarem dúvidas que esse ranking não é pra ser levado a sério, insistimos: esse é um Top 10 com 11 participantes! Então chute o mau humor pra longe das arquibancadas e divirta-se.

10. Copa Sul-Minas
Quando os estaduais voltaram a ganhar força, um grande problema patrocinado pela geografia aconteceu. Como os campeonatos eram regionais, acabou que Minas Gerais ficou isolado dos demais torneios. Existia um torneio para o norte, o Rio-São Paulo, a Copa Sul, a Copa Nordeste.

Minas podia escolher em formar um campeonato com clubes mato-grossenses e do Espírito Santo, mas resolveu chutar a lógica geográfica para escanteio e disputar a Copa Sul, rebatizada para Sul-Minas. Para os mineiros, comendo quieto, foi ótimo negócio: ganharam todas as três edições, com América-MG em 2000 e Cruzeiro em 2001 e 2002. Os sulistas receberam um tremendo presente de grego.

9. Campeões mundiais por fax
Os são-paulinos olham com orgulho para Telê e as diferentes gerações que trouxeram o tri mundial do Japão. Os santistas não se cansam de recordar Pelé e seus companheiros batendo Milan e Benfica em jogos de ida e volta. Corintianos, por mais contestados que sejam, comemoram uma década do pênalti de Edmundo pra fora. Falta, então, o Palmeiras conquistar o mundo… Faltava.

Para o palestrino fanático, 1951 foi o ano da glória máxima para o clube, com a conquista da Taça Rio. O torneio trazia os principais campeões europeus e da América do Sul para se enfrentarem em São Paulo e Rio, com a presença dos campeões paulista e carioca. O Verdão passou por Nice-FRA, Estrela Vermelha-SER, Vasco, e, na final no Maracanã, bateu a campeã italiana Juventus. Em 1952, seria a vez do Fluminense vencer o Corinthians na final.

Com a pressão de rivais campeões mundiais, mais de meio século depois, Palmeiras e Flu entraram com um pedido de reconhecimento da Taça Rio como precursora do Mundial de Clubes na FIFA. A entidade teria enviado um fax – exibido como taça em 2001 – confirmando o pedido. Alguns anos mais tarde, a própria FIFA mandou palmeirenses e tricolores relaxarem, que a Taça Rio tinha sido bacana, mas não Mundial.

8. Copa Bandeirantes
Em 1994, a Copa Bandeirantes daria uma vaga na Copa do Brasil do ano seguinte. Até aí tudo bem. Mas o torneio incluía os melhores participantes da primeira, segunda e terceira divisões do Campeonato Paulista. Ou melhor: os seis primeiros da Série A1 mais os campeões da Série A2 e A3.

O mais curioso nisso tudo é que o Palmeiras, campeão paulista em 1994, e o São Paulo, vice, já tinham vaga garantida na Copa do Brasil de 1995. E, ainda assim, ambos participaram do torneio, vencido, curiosamente, pelo Corinthians… terceiro colocado no Paulistão. Sorte do Timão: foi campeão da Copa do Brasil, também!

7. Os superestaduais
Em 2002 o calendário do futebol brasileiro era ainda muito pior do que o atual. Muito pior. Era necessário fazer caber no exíguo espaço de 365 dias os estaduais, campeonatos regionais, a Copa do Brasil, Copa Libertadores, Campeonato Brasileiro e a Copa do Mundo. Para driblar o calendário, os inventivos cartolas brasileiros resolveram desobrigar os grandes clubes de disputarem os estaduais, liberando as datas para os regionais, como a Copa Sul-Minas e o Rio São Paulo.

Os estaduais foram disputados pelos clubes do interior e isso gerou campeões inéditos, como Iraty no Paraná e Ituano em São Paulo. Em seguida, os grandes voltavam e, com o campeão estadual, disputavam o Supercampeonato. Em São Paulo , o supercampeão paulista foi o São Paulo e no Paraná, o Atlético-PR.

6. A Pequena – desse tamanhinho assim, ó – Taça do Mundo
Uma competição internacional de futebol na Venezuela – que não seja a Copa América – já é bizarra por si só. Organizada por um grupo de empresários que bancavam a ida dos clubes europeus e sulamericanos, o torneio teve vida longa. Existiu entre 1953 e 1957, e contou com Real Madrid e Barcelona como campeões. Em 1954, foi a vez do Corinthians; e, em 1955, o São Paulo.

Em 1963, ela teve continuação com o nome de Troféu Cidade de Caracas, mas perdeu o caráter oficial. Mais bizarro ainda: em 63, o craque Di Stéfano foi seqüestrado por rebeldes venezeuelanos, sendo libertado logo depois.

5. Fluminense: Taça Olímpica
A Taça Olímpica, também chamada de Taça de Honra, é concedida pelo Comitê Olímpico Internacional e considerada a mais alta honraria do esporte mundial. Até os anos 1950, era entregue a clubes e personalidades. E, em 1949, o Fluminense tornou-se o único clube brasileiro a conquistá-la.

Tudo muito bonito. Mas o bizarro é que, a rigor, é uma taça que o Fluminense conquistou sem disputar partida algum
alguma, que não tem relação alguma com futebol e da qual, por uma série de motivos, os torcedores se orgulham muito. A ponto de que, recentemente, o clube das Laranjeiras resolveu festejar o feito e a conquista, bordando no uniforme o perfil do troféu.

4. Copa dos Campeões Mundiais
Todos querem ser campeões mundiais, seja no Japão, seja em Abu Dhabi. Mas poucos, na verdade apenas duas torcidas, podem comemorar o feito de serem campeões entre os campeões mundiais. Afinal, campeão do mundo até o Racing da Argentina e o Porto de Portugal já foram. Mas campeão dos campeões mundiais, até aqui, só São Paulo e Flamengo.

Ambos venceram o torneio, que era organizado pelo SBT no mês de julho, entre o fim dos estaduais e o começo do Brasileirão. O campeonato era disputado por São Paulo, Santos, Flamengo e Grêmio, teve três edições, 1995 e 1996, vencidas pelo Tricolor Paulista, e 1997, a última, vencida pelo Flamengo.

3. Copa Centenário de Belo Horizonte
A simpática Belo Horizonte completou, em 1997, seus primeiros cem anos de fundação. Prefeitura, imprensa e Federação Mineira de Futebol se uniram para organizar um evento esportivo à altura da capital mineira e seu imponente estádio de futebol.

Imagine comemorar cem anos de BH com menos de dez mil pessoas vendo o clássico dos clássicos, América Mineiro contra o Milan. Imaginou? Deve ter, porque ninguém se lembra da bizarra competição que, além de Milan e Coelho, colocou, frente a frente, Atlético Mineiro, Cruzeiro, Benfica, Corinthians, Flamengo e Olimpia-PAR em monótonos confrontos no intervalo de tempo entre os estaduais e o Brasileirão/97.

A final, após a fase de grupos, ainda colocou 40 mil torcedores no Mineirão para ver o Galo bater o Cruzeiro, no clássico mineiro.

2. Copa Suruga Bank
“Campeão de tudo”, comemoravam os colorados após o Inter bater o Estudiantes e se tornar o primeiro brasileiro campeão da Copa Sul-Americana. Mas eles estavam enganados… Um título estava ainda ausente na lista colorada: a Copa Suruga Bank.

Disputada entre o final de julho e começo de agosto entre o campeão da Sul-Americana e o campeão da Copa da Liga Japonesa, a Copa Suruga Bank é uma parceria entre a Conmebol e a J-League. E foi conquistada pelo Internacional com vitória por 2 x 1 ante o Oita Trinita, com grande atuação de Andrezinho.

Para alguns colorados, o torneio de nada serviu, além de deixar Taison contundido e atrasar alguns jogos do Inter no Campeonato Brasileiro e deixar o elenco cansado. Para outros, porém, mais otimistas, a vitória suada serviu para, finalmente, poder gritar: “Campeão de tudo!”

1. Atlético MG: Campeão do Gelo
“Nós somos campeões do gelo/ O nosso time é imortal/ Nós somos campeões dos Campeões/ Somos o orgulho do Esporte Nacional”. Essa é a quarta estrofe do Hino do Atlético-MG. Pode conferir, não é mentira.

Mas o que eles querem dizer, afinal, com “somos campeões do gelo”? Na verdade, não foi nenhum torneio oficial. Nem mesmo um torneio amistoso. O hino se refere a uma excursão feita pelo Galo à Europa, a primeira de um clube brasileiro no velho continente.

Na Europa, o Atlético encarou, além dos clubes locais, o frio característico do final de ano europeu. Entre os dias 1º de novembro e 12 de dezembro de 1950, o alvinegro encarou o Munique 1860, Hamburgo, Werder Bremen, Schalke 04, Rapid Viena, Saarbrücken, Anderlecht, Eintracht Braunschweig, uma seleção dos times de Luxemburgo e o Stade Français (hoje conhecido como Paris Saint Germain).

Foram 10 jogos com 6 vitórias, 2 empates e 2 derrotas. Um ótimo retrospecto, claro. Mas, como não era um torneio de verdade, e já que o clube se orgulha do feito a ponto de incluir no hino, o Atlético-MG fica com o primeiro lugar nesse Top 10 Torneio Curiosos.

Menção honrosa: As Tríplices Coroas alvinegras
Italiano, Copa da Itália e Liga dos Campeões. Tá fraco? A Internazionale em 2010 conquistou tudo o que podia e queria. O feito, não inédito, costuma colocar esquadrões para a história do futebol, como o Barça de Messi, em 2009, ou o Manchester United de Beckham, em 1999.

No Brasil, ninguém levou Libertadores, Campeonato Brasileiro e estadual no mesmo ano. O inesquecível Cruzeiro de Luxemburgo e Alex alcançou a Tríplice Coroa ao seu modo, com a Copa do Brasil em vez da Libertadores, somada ao Mineiro e ao nacional de 2003. A diretoria celeste decidiu bordar a coroa na camisa estrelada e colocou em dúvida a expressão “Tríplice Coroa”.

Assim, não poderíamos deixar de reconhecer as duas Tríplices Coroas corintianas: 1995 e 2009. Célio Silva, Marcelinho, Viola e Ronaldo comandavam o time que ganhou a Copa do Brasil, no Olímpico lotado, e o Paulista sobre o rival Palmeiras. Pouca gente se lembra, entretanto, que a Gaviões da Fiel já havia aberto as comemorações com o título da Divisão Especial do Carnaval paulista.

Ano passado a Fiel também teve o gostinho especial da dobradinha Paulista + Copa do Brasil. Só que antes, em janeiro, o Timãozinho levou a tradicional Copa São Paulo de Juniores pra casa. Bi-Tríplice Coroa para o Parque São Jorge? Quem não tem cão, caça com gato… “Me dê a mão, me abraça, viaja comigo pro céu…”

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