Ricardo Gomes sabe o que está em jogo hoje. Se o São Paulo não confirmar o favoritismo, depois de derrotar o Cruzeiro no Mineirão por 2 a 0, e garantir classificação à semifinal da Libertadores, o treinador será demitido. Ou melhor: não terá o vínculo renovado - o acordo acaba em julho -, eufemismo que o clube usa para mostrar que o Tricolor é um clube diferente e não demite técnicos.

“Sobre o meu futuro, é uma coisa que não posso responder. Independentemente da renovação, é um jogo importante para todos. A Libertadores faz parte da história do clube. Eu mesmo cheguei aqui depois de uma eliminação e com um treinador que havia conquistado três brasileiros”, disse, referindo-se a Muricy Ramalho, demitido depois da eliminação para o Cruzeiro no ano passado.

A postura da diretoria também deixa claro que uma renovação depende da classificação. A resposta padrão é “de que tudo seria feito no momento certo” e “todos estão satisfeitos” com o trabalho dele. Mas o presidente Juvenal Juvêncio não deixa de estudar nomes de substitutos.

Agora, se avançar, o técnico sai fortalecido e pode até pedir um aumento para renovar o contrato. “Não estou pensando no lado pessoal.” (M.A.)