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De vilão a herói, Ceni temia pelo pior

'Vou fazer essa cagada logo aos 37 anos?", desabafa o goleiro, que fez juras de amor ao clube e brincou com Washington como último cobrador

Após a vitória do São Paulo sobre o Universitario nos pênaltis por 3 a 1 (empate por 0 a 0 no tempo regulamentar), Rogério Ceni confessou: temeu ver o Tricolor ser eliminado nas oitavas de final da Libertadores por causa da cobrança que desperdiçou, logo no início da série. Ídolo maior da atual geração são-paulina, o goleiro se redimiu com duas defesas nas cobranças de Alva e Galvan. Quando perdeu a chance de converter a penalidade, encostou a cabeça na trave e pensou que teria que mudar a história da partida.

- Pensei: não é justo comigo depois de tanto tempo e de nunca ter perdido um pênalti em decisões. Não fiz nada errado até agora e vou fazer essa cagada logo aos 37 anos? Por isso me concentrei para defender. Ser eliminado da Libertadores já seria difícil, sendo o culpado pior ainda. Sei que vocês me secam, pois alguns torcem para outros times (risos), mas depois de me dedicar a vida toda ao clube não queria ver a eliminação por minha causa. Encostei na trave e disse: não vai ser por mim que vamos ficar fora. Deu certo.

Segundo Ceni, a primeira defesa foi mais importante, pois aconteceu logo depois de seu erro. Ele admitiu também que não bateu bem, e por isso errou a cobrança. E não teve coragem de olhar as tentativas de Marcelinho Paraíba, Hernanes e Dagoberto, todas bem-sucedidas. O goleiro brincou com o fato de Washington ser o último da lista para bater, e em um tom de humor, mostrou alívio pelo fato de o camisa 9 não ter precisado cobrar a penalidade final.

- Não vi nada, só comemorei porque a torcida gritou. Sabia que o Dagoberto, o Hernanes e o Marcelinho batiam bem. Quem era o útlimo mesmo? O Washington? Ai... Mas eu gosto dele (risos). Ele ia fazer o dele - sorriu o capitão.

Ceni realmente não queria ser o responsável pela eliminação do Tricolor, mas garante que também não se sente herói pelas duas defesas que ajudaram o time a passar para as quartas. O camisa 1 não acha que seria abandonado pela torcida se o final fosse diferente, mas revelou, com emoção, que não aguentaria ser rejeitado.

- Se perdesse não me acharia vilão, assim como não me acho herói, esta é minha profissão e fiz tudo o que podia. Eu amo essa torcida e esse clube. Como diz a música de Rui Branquinho, meu escudo é um coração de cinco pontas e três cores. Minha paixão é jogar futebol no São Paulo. Há 20 anos faço o mesmo caminho do trabalho para casa. Sou pago para fazer o que gosto. Ficaria muito triste se algum dia não gostassem mais de mim, pois passei minha vida aqui, dormi embaixo das arquibancadas, sofri com uma fratura grave ano passado e não penso em chegar a mil jogos, e sim ao quarto título da Libertadores e do Mundial. O São Paulo veio de uma fase vitoriosa, e quando não ganha, como em 2009, eu apanho mais. Mas vou me dedicar até o último dia da carreira por esse clube, quero ser campeão mais vezes aqui.

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