O goleiro Rogério Ceni foi o grande personagem da partida que classificou o São Paulo para as quartas de final da Copa Libertadores, nesta terça-feira. Mesmo perdendo o primeiro pênalti do Tricolor – sua terceira batida desperdiçada no ano– o capitão se redimiu defendendo duas cobranças do Universitario.

– Fica com uma obrigação muito grande quando é você quem perde e é o goleiro do time. Mas fui bem, me concentrei, uma delas veio no meio do gol (a de Alba) e na outra ele (Galván) mostrou o lado que ia bater, assim como eu fiz – comemorou.

Apesar da emoção de ter sido decisivo no jogo, o capitão lamentou o comportamento da torcida, que vaiou a equipe no fim do tempo regulamentar pela falta de gols.

– A torcida pode cobrar e vaiar, mas não hoje (ontem). Nós até merecemos vaias pelo resumo do ano, mas não dessa vez. Merecíamos ser aplaudidos. Uma coisa é a bola não entrar, a outra é não querer o jogo, mas nós o quisemos, procuramos o gol, apenas fomos incompetentes no momento de fazê-lo – afirmou.

Em resposta à torcida, que chamou em coro o técnico Ricardo Gomes de “burro” antes das penalidades, todo o grupo abraçou o comandante com a classificação.