As coreografias e firulas que o elenco santista tem protagonizado ao longo do Campeonato Paulista não causam incômodo ao São Paulo - ao contrário de palmeirenses e corintianos, os tricolores garantem que não ligam para elas. Antes disso, o grupo são-paulino prefere se preocupar em não dar motivos para mais dancinhas e vistosos dribles. O jeito é acabar com a festa alvinegra na semifinal.

"Tenho certeza que vamos impedir que eles dancem na nossa casa, na frente da nossa torcida. Vamos fazer de tudo para barrar isso", garantiu o volante Hernanes, um dos que apoia a festa alvinegra após cada gol: "Acho engraçado, dou risada quando vejo eles dançando. O futebol é alegre e tem que ser assim mesmo. São jogadores jovens e têm o direito de fazer isso mesmo".

Dagoberto também se diverte com a criatividade de Robinho, Neymar, Paulo Henrique e companheiros. Mas ele descarta fazer como os jogadores do Palmeiras - especialmente o lateral esquerdo Armero -, que inventaram suas próprias coreografias durante um clássico na Vila Belmiro. Caso balance as redes, o Tricolor vai manter o estilo comedido e conservador no Morumbi.

"Acho bacana, gosto dessas coisas. Elas têm que existir porque o futebol é alegria e eles mostram isso sem desmerecer ninguém. Mas nossa maneira de comemorar todo mundo sabe como funciona. Saindo o gol, vamos fazer daquela maneira alegre de sempre", disse o jogador, que viu os santistas distribuírem sorrisos durante o primeiro turno, quando o time venceu o clássico por 2 a 1, na Arena Barueri.

Hernanes também entrou em campo naquela ocasião. Na semifinal, no entanto, espera que a história seja diferente e que o São Paulo acabe rindo por último: "Estamos concentrados, estamos crescendo em um momento importante e decisivo. Tomara que o ditado se cumpra. Tomara que a gente, que só levou pancada, possa dar boas gargalhadas no final".