Para se tornar o ataque mais positivo do Campeonato Paulista, com 61 gols, o Santos primou pela ofensividade durante a primeira fase. E um dos responsáveis é Dorival Júnior, que durante a competição chegou a escalar a equipe no 4-3-3, com apenas um volante. Agora, nas semifinais, o treinador terá coragem para repetir a dose? Pelo treino desta quinta-feira, o comandante mostrou que não tem medo.

No primeiro trabalho tático visando às semifinais contra o São Paulo, que começam neste domingo, Dorival treinou a equipe com três atacantes, formação utilizada sete vezes neste ano – cinco pelo Estadual e duas pela Copa do Brasil. Nestas partidas, em apenas duas a equipe teve o quinteto Marquinhos/ Paulo Henrique/ Neymar/ Robinho/ André.

Esses jogadores (dois meias e três atacantes) participaram da atividade desta qunta-feira e devem entrar como titulares contra o Tricolor. Para justificar a sua provável opção, o treinador acredita que o Santos não pode mudar a sua maneira de atuar por estar em um momento decisivo.

– Não tem como mudar a característica depois de 19 jogos. Tem de tentar manter, mas corrigindo os erros. A equipe amadureceu muito. E os jogos decisivos não servem para buscar soluções. Servem para consolidar sua posição com o mínimo de erro possível – afirma o técnico.

Apesar de cobrar participação de meias e atacantes na marcação, Dorival deixa a incumbência do combate no meio de campo para o volante Arouca, ex-São Paulo. E o volante não se vê sobrecarregado.

– Dá para jogar com um volante, sim. Muitos falam dessa questão, mas já jogamos vários jogos assim e só perdemos para o Palmeiras. Os jogadores estão cientes e me ajudam na marcação – lembra Arouca.

Se a opção de Dorival dará certo ninguém sabe, mas o treinador deixa claro que não tem medo de atacar!