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De olho no Clube dos 13, Leite refuta conflito em sua relação com CBF e Globo

Candidato da oposição diz que não terá problema em negociar com sócios de sua empresa e que ainda acredita em vitória contra Fábio Koff

Apoiado pela CBF (Confederação Brasileira de Futebol) e seus principais parceiros, a agência de marketing esportivo Traffic e a TV Globo, o ex-presidente do Flamengo Kléber Leite tenta desbancar Fábio Koff, há 14 anos na presidência do Clube dos 13. Para isso, deixa claro o que a entidade pode ganhar em termos de poder, segundo ele, com a sua eleição.

“Vamos utilizar a cadeira da CBF na Confederação Sul-americana de Futebol. É um absurdo que as equipes do Brasil só recebam hoje US$ 15 mil por jogo. É ridículo e o Clube dos 13 não faz nada”, afirmou em entrevista ao iG. O discurso tem sido repetido em todo país para tentar reverter a vantagem nos votos que hoje é da situação.

Mesmo com as promessas, Leite ainda é visto com receio pela maioria dos presidentes dos 20 clubes de maior torcida do Brasil. O fato de ser sócio de uma empresa de marketing esportivo que tem relações comerciais com a Globo e a CBF é classificado como “inadmissível” pela atual direção da entidade. (Leia entrevista com Fábio Koff).

“Comandei o Flamengo por quatro anos e nunca tive problema com isso. É uma prova de desespero deles, o que me anima muito.”, afirma o dirigente na seguinte entrevista:

iG: Por que você decidiu concorrer ao cargo?
Kléber Leite: Porque houve um movimento que começou com três clubes e depois contou com o apoio do presidente Ricardo Teixeira. Para ter uma abertura definitiva da CBF para os clubes. Será item obrigatório na minha gestão que os clubes tenham mais participação nas ações da entidade e tenham mais força na Confederação Sul-americana de Futebol. Vamos utilizar a cadeira da CBF na Sul-americana desde que o assunto seja relativo aos clubes. É um absurdo que as equipes do Brasil só recebam hoje US$ 15 mil por jogo. É ridículo e o Clube dos 13 não faz nada.

iG: Existe apoio da TV Globo à sua candidatura?
Kléber Leite: Em hipótese alguma. A Rede Globo é parte de um processo, que é a transmissão das partidas. A condição da Rede Globo é absolutamente independente. Não vejo como uma empresa possa ter interesse nisso, uma eleição entre clubes.

iG: Como vê as críticas feitas pelo atual presidente do Clube dos 13 de que você é sócio da CBF e da TV Globo em alguns negócios? Isso não o colocaria em uma situação delicada, tendo que defender posições antagônicas?
Kléber Leite: Olha, eu fui presidente do Flamengo durante quatro anos e nunca tive problemas em relação a isso. Por um motivo muito simples: seria realmente cretino, leviano e imoral se o clube contratasse a minha empresa para alguma coisa. Isso nunca aconteceu e será assim no Clube dos 13. É uma colocação desesperada, de alguém que está desesperado. Eu acho que o presidente Fábio Koff deveria estar mais atento aos interesses dos clubes. Ele administra uma instituição que está parada há muito tempo, que nada mais é do que uma mera divisora de recursos da Rede Globo de televisão. É uma prova de desespero, o que me anima muito.

iG: A situação calcula ter pelo menos 12 votos certos, o que valeria a vitória na eleição...
Kléber Leite: (interrompendo) Olha, a arma de quem está lá, além da língua afiada, é a velocidade. É só ver essa antecipação das eleições como uma prova do medo de ver outro grupo com tempo para fazer campanha. A nossa arma é o silêncio. Nossos votos serão contados na segunda-feira. Eleição se ganha com votos, não com falação. Você vai ver na segunda-feira o que vai acontecer.

iG: Qual a sua opinião sobre a fórmula de disputa do Campeonato Brasileiro? Acha os pontos corridos a melhor opção?
Kléber Leite: Presidente do Clube dos 13 não tem opinião. Presidente do Clube dos 13 é um executivo, que tem que fazer a fila andar. A opinião é dos clubes. A decisão deles, da maioria, será defendida pela entidade.

iG: Você vê como uma tendência o Clube dos 13 organizar o Campeonato Brasileiro, trabalho que hoje é feito pela CBF?
Kléber Leite: O presidente Ricardo Teixeira está sensível em introduzir os clubes na CBF, o que é muito bom nesse tipo de assunto. Vamos traçar um caminho para alcançar isso. É um objetivo, sim.

iG: Se for eleito, você pretende apoiar a alteraração do calendário do futebol brasileiro, adequando ao modelo europeu?
Kléber Leite: O presidente do Clube dos 13 pode propor a discussão, mas quem tem que definir isso são os clubes. Se eles quiserem, eu lutarei para isso. Qualquer decisão, seja ela qual for, pertencerá sempre aos clubes.

iG: Você critica a atual gestão por ter como única atividade dividir os valores dos direitos de transmissão. O que mais o Clube dos 13 pode fazer?
Kléber Leite: Eu acho que há muito coisa para ser feita. A criação de um marketing coletivo para todos os clubes, por exemplo. A instituição precisa trabalhar em um marketing atuante, agressivo, ajudando os clubes e empresas nisso, em saber trabalhar e lucrar com a imagem. A sede disso tudo precisa ser baseada em São Paulo, que é o centro comercial do país. Não tem sentido ser em outro lugar.

iG: O fato de a entidade ter duas sedes, sendo que uma em Porto Alegre, atrapalha?
Kléber Leite: Isso é óbvio. Qualquer ação de ordem comercial tem que ser em São Paulo. Hoje o Clube dos 13 tem duas sedes, um em São Paulo e outra em Porto Alegre. Eu acho que não há necessidade disso. Só precisa uma sede é ela tem que ser em São Paulo. Para quer inventar outra para aumentar os gastos sem necessidade.

iG: Você acha que o valor pago aos clubes para a transmissão dos jogos pode ser aumentado?
Kléber Leite: Evidente que sim. Lógico que ele tem que subir, mas isso será uma negociação entra uma comissão que será indicada, democraticamente, para negociar.

iG: O presidente Fábio Koff se disse surpreso com a mudança de posição do Botafogo e do Coritiba, que passaram a defender a sua candidatura. Especula-se que houve troca de favores para eles apoiarem você, é verdade?
Kléber Leite: Primeiro, o Botafogo está conosco desde o início da campanha. O Coritiba, assim como o Santos, está dando um enorme exemplo de democracia. Os dois irão definir a escolha através de uma eleição em um colegiado, extrapolando a vontade do presidente do clube. Isso deveria ser imitado pelos outros. O Santos ainda não definiu e o Coritiba está conosco.

iG: O que você acha do direito que é dado ao presidente do Clube dos 13 de se reeleger quantas vezes quiser?
Kléber Leite: Minha primeira proposta é que o presidente terá direito a uma reeleição e pronto. Depois vai para casa. É preciso que novas pessoas ocupem a função para que não ocorra justamente o que vemos hoje, que é uma entidade parada.

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